Bom dia! O IPCA-15 veio melhor do que a encomenda: -0,07%. A mediana das projeções apuradas pelo Broadcast apontava para -0,03%. O índice vem 0,11 pp abaixo do de junho (0,04%) e reduz a alta em 12 meses para 3,09%, versus 3,19% no mês anterior. O setor Habitação puxou a queda, com -0,94%, seguido de Alimentação e Bebidas e Artigos de Residência, ambos com -0,40%. A maior alta entre os nove setores que o IBGE pesquisa ficou com Transportes, 0,63%. O IPCA-15 é o último indicador de inflação antes da próxima reunião do Copom, que rola na semana que vem, entre os dias 1 e 2 de agosto. Como veio abaixo do esperado, reforça as apostas (ainda um tanto arrojadas) de que o primeiro corte na Selic possa vir em 0,50 pp, em vez de 0,25 pp. A ver como o Banco Central lerá o resultado. Minério em alta Ontem, o governo chinês prometeu "medidas anticíclicas" para conter a crise do setor imobiliário no país, que já se arrasta por dois anos. A construção civil responde por 20% do PIB chinês e é consumidora voraz de aço. O aço é o produto final do minério de ferro, nosso terceiro maior item de exportação (atrás da soja e do petróleo). Daí, claro, a importância do setor imobiliário chinês para a vida de quem investe por aqui. "Medida anticíclica" significa gastos públicos em tempos de desaceleração, para subir à força o giro do motor econômico. A notícia já tinha dado um gás para a Vale ontem – alta de 3%. E pode dar mais um empurrão hoje, já que o minério opera 1,36% no positivo, a US$ 119,88 a tonelada na bolsa de Dalian. Os números das bolsas asiáticas também servem de bom agouro. O índice CSI 300, da China, fechou em 2,89%. O Hang Seng, de Hong Kong, 4,10%. Alphabet e Microsoft Hoje, após o fechamento de mercado, saem os balanços de duas das top 5 do S&P 500 em valor de mercado: Microsoft (MSFT34), a segunda colocada nesse quesito, e Alphabet, formerly known as Google, que ocupa a quinta posição (e carrega o nome clássico no ticker, GOGL34). As outras são Apple, Amazon e Nvidia, que adentrou o clube das cinco mais após o início da corrida pela inteligência artificial. Nesta manhã, os futuros da Nasdaq operavam em alta de 0,33% com a expectativa pelos resultados das gigantes. Outra peso-pesado – não da tecnologia, mas do consumo – divulgou seus resultados mais cedo. Foi a britânica Unilever (ULEV34), dona dos sabonetes Dove, dos sorvetes Magnum e mais um exército de marcas que chegam a todas as prateleiras da Terra. Ela anunciou um lucro de 5,27 bilhões de libras "na primeira metade do ano" (a companhia apresenta seus resultados em termos semestrais). É uma alta de 21% na comparação com os 4,36 bilhões do mesmo período do ano passado. Nesta manhã, a ação passava por uma forte alta de 4,5% na bolsa de Londres. Dada a imensidão dos tentáculos da empresa, seu balanço serve como um termômetro para a saúde da economia global – e ajuda a deixar cada vez mais para trás os temores de recessão que assombravam o mercado financeiro. Bons negócios |
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