GINÁSTICA RÍTMICA DO BRASIL ENTRA NO G5 MUNDIAL
Brasil é ouro na Copa do Mundo de ginástica rítmica |
CBG |
É grande a lista de façanhas da ginástica rítmica brasileira no Challenger de Cluj Napoca (Romênia) etapa de um circuito complementar ao da Copa do Mundo. Com o bronze no total, o ouro na prova mista e a prata inédita nos 5 arcos, o Brasil se tornou o primeiro país que não da Europa ou da Ásia a ganhar três medalhas em uma etapa da modalidade. Mas tão ou mais importante são as notas conquistadas pelo conjunto brasileiro. Com o 31,700 da final da prova mista, a equipe se aproximou da briga por uma medalha na prova principal do Mundial de Valência, no mês que vem. Aqui, vale um rápido contexto: na ginástica rítmica, o pódio de cada apresentação importa. Mas na Olimpíada só há distribuição de medalha para a soma da nota da série com cinco arcos e da série "mista", com fitas e massas. Pensando no ciclo olímpico, a meta é essa medalha. Somando os 31,700 da prova mista com os 34,450 que valeram prata nos cinco arcos, o Brasil somou 66,150 pontos no domingo. Desde o início da temporada, que já teve quatro etapas de Copa do Mundo e duas de Challenger, além dos continentais, só China, Israel (que não foram a esta etapa), Bulgária e Itália mostraram potencial para fazer mais pontos. Em Cluj Napoca, a Itália ganhou o ouro no total, no sábado, com 70,050, com duas apresentações magistrais, de 36,550 pontos nos cinco arcos e 33,500 na mista, bem acima do melhor do Brasil no ano em cada uma dessas séries. A Bulgária ficou com a prata com 66,250 (34,900 + 31,350), abaixo dos 68,050 (35,600 + 32,450) que valeram o título europeu em maio. As chinesas ganharam o Asiático com 68,850 e a etapa de Baku da Copa do Mundo (a que teve notas mais infladas) com 70,500. Nas finais por aparelhos do Asiático, somaram 69,700. Já as israelenses têm como referência a pontuação do Europeu: 67,300 no total e 68,050 na soma das notas das finais por aparelhos. Então recapitulando o melhor de cada:
Os favoritos estão postos. O Brasil é, hoje, quinta força, mas já foi décima. De degrau em degrau, já aparece no retrovisor da turma da ponta. Quem sabe não é no Mundial que virá a ultrapassagem. |
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A vaga olímpica que Piu não vai usar |
Alison 'Piu' só precisou dar uma volta em uma pista de atletismo para se classificar às Olimpíadas. Mas a vaga veio não (ainda) nos 400m com barreiras, mas nos 400m rasos, prova que não é a principal dele, e que ele não irá correr em Paris. Depois de cinco meses afastado das competições por lesão, Piu correu a etapa de Silésia (Polônia) da Diamond League e foi terceiro colocado, com 44s73, superando com facilidade os 45s00 necessários para atingir o índice olímpico. Piu, porém, quer ser campeão olímpico nos 400m com barreiras, sua prova principal, que tem calendário incompatível com o dos 400m rasos. O programa do atletismo tem provas que são "dobras", tipo os 100m e os 200m, os 5.000m e os 10.000m. Como quem corre uma costuma também correr a outra, o calendário é pensando para as datas dessas "dobras" não baterem. Mas para as provas de 400m é o oposto, por causa dos dois revezamentos, o 4x400m masculino ou feminino e o 4x400m misto. Para que tanto os especialistas em 400m rasos quanto os dos 400m com barreiras possam participar dos revezamentos sem prejuízo ao calendário deles, as provas individuais são coincidentes. No Mundial de Budapeste, por exemplo, as eliminatórias dos 400m rasos e dos 400m com barreiras serão na mesma sessão, uma prova seguida da outra. Dependendo do sorteio, um mesmo atleta poderia ter que correr duas baterias consecutivas. Impossível. Faltando um mês para esse dia, 20 de agosto, é muito provável que Piu estará pronto para defender o título dos 400m com barreiras, descartando os 400m rasos. Mas seria divertido se acontecesse o contrário. Recuperando-se de lesão no joelho e sem precisar provar mais nada a ninguém, poderia abrir mão das barreiras e brigar por medalha na prova 'limpa'. Pelas marcas que tem nas poucas largadas recentes, não faria feio. |
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Olimpílulas |
A newsletter da semana passada destacava que Ana Moser precisava de um milagre para seguir ministra. E ele parece ter vindo. Lula já indicou, relatam colegas de Brasília, que não pretende mexer no Ministério do Esporte porque o trabalho que ele pediu à ex-jogadora de vôlei é longo e está longe de ser concluído. Logo, segue valendo o que Ana Moser disse a esta coluna após ser anunciada ministra: "O presidente Lula quer realmente algo especial para o esporte, ou senão eu não estaria aqui, seria outra pessoa". Vela - Faltando um ano para os Jogos de Paris, a equipe brasileira de vela mostrou estar viva. No evento-teste da Olimpíada, em Marselha (sim, as regatas olímpicas serão longe de Paris), Martine Grael e Kahena Kunze faturaram a prata na 49erFX, só atrás do barco da Holanda. E o Brasil ainda teve Bruno Lobo em quinto na Fórmula Kite, nova prova olímpica, Mateus Isaac em 11º na IQFoil (prancha à vela mais radical, que substitui a RS:X), e João Bulhões e Marina Arndt em 13º na Nacra 17. Este ano é ano de Mundial de Vela, com todas as classes olímpicas reunidas em uma mesma sede. O torneio será em Haia (Holanda), entre 11 e 18 de agosto, e vai distribuir muitas vagas em Paris. Na 49erFX, por exemplo, são 10. Na IQFoil, 11. Na Kite, oito. Triatlo - Ainda não foi desta vez que o Brasil entrou para a briga por medalhas na prova de revezamento do triatlo. No Mundial dela, o time brasileiro conseguiu um bom oitavo lugar, mas distante das potências. |
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