Bom dia! As bolsas europeias operam no vermelho na manhã desta sexta-feira, após a divulgação dos PMIs de junho, calculados pela S&P Global. O índice, uma pesquisa com empresas que mede a atividade econômica dos respectivos países, recuou na Zona do Euro, na Alemanha e no Reino Unido. Na Zona do Euro, por exemplo, o PMI composto (que engloba indústria e serviços) caiu de 52,8 em maio para 50,3 pontos em junho. Nesse dado, números acima do 50 indicam expansão, ou seja, a atividade aumentou, mas menos do que no mês passado – e também abaixo do esperado. Na Alemanha, o PMI composto caiu a 50,8 pontos (de 53,9) e, no Reino Unido, fechou em 52,8 (de 54). Os números mostram relevantes desacelerações nas economias europeias, e vêm para somar às preocupações já existentes de uma possível recessão global. Essa semana, o medo voltou à tona com a postura linha-dura dos bancos centrais mundo afora, que seguem firmes em sua postura hawkish para lutar contra a inflação subindo os juros. O efeito colateral, é claro, é a desaceleração econômica. Já há algum tempo se teme a recessão por conta dos apertos monetários dos bancos centrais, é verdade. Mas as grandes economias – a americana, especialmente – têm se mostrado resilientes até agora, apesar do aumento nos juros, evitando o pior cenário. Mesmo assim, a notícia de que mais altas nas taxas virão não deixa os temores morrer. Nos EUA, Powell, do Fed, deu spoiler de até mais duas altas na “Selic” americana em seu depoimento ao Congresso ontem. Dirigentes do BCE, da Europa, também já encomendaram mais altas. Por aqui, o BCB também segue a postura rígida de seus pares lá fora, com a diferença de que temos o maior juro real do mundo, e a discussão é sobre quando baixá-lo. Criticado pelo governo há meses, o banco central agora começa a parecer duro demais até para o mercado, que esperava pelo menos uma linguagem mais suave e um aceno em direção a uma redução em agosto. O comunicado, porém, não trouxe nada nesse sentido, fazendo muita gente adiar o primeiro corte só para setembro. Agora, resta esperar a ata do Copom para mais detalhes. Mesmo assim, os juros futuros nesta quinta-feira tiveram apenas uma leve alta, um indicativo que o mercado não comprou totalmente essa postura super conservadora do Copom. É inegável os sinais de melhoria da economia brasileira – inflação em queda, PIB em alta, melhora da percepção de risco –, e fechar totalmente os olhos para eles faria o banco central parecer teimoso até para a Faria Lima. A ver. Bons negócios. |
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