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ABERTURA DE MERCADO
 
Ações do maior banco da Alemanha amanhecem em queda de 14%, com temor por calote. Bolsas europeias caem mais de 2%. Futuros dos EUA acompanham ladeira abaixo. Petróleo tomba 4%.
 
 
Por Alexandre Versignassi
 
 
Depois da ruína do SVB e do Credit Suisse, a bola da vez parece ser o Deutsche Bank. As ações do maior banco da Alemanha amanheceram em queda de 14%. Cresce o temor de que a instituição esteja à beira de dar um calote em seus títulos de dívida. É que o custo do seguro para se proteger de eventuais calotes subiu 40% da noite para o dia (tais seguros são os credit default swaps, CDSs, que ganharam fama na crise de 2008).
 
É isso: não há uma declaração do banco assumindo que está em maus lençóis nem nada. Mas, se a demanda por CDSs do banco bombou de uma hora para a outra, é sinal de alguma informação nesse sentido circula entre agentes financeiros.
 
E no mundo do dinheiro ninguém obedece ao conselho mais clássico das mães – o "se todo mundo pular pela janela, você não vai pular". O fato é que todo mundo pula mesmo. Nisso, os CDSs entraram numa espiral para cima; as ações, para baixo e o mercado como um todo acorda suicida: queda generalizada nas bolsas europeias, com os principais índices caindo tanto quanto o Ibovespa tombou ontem (mais de 2%) e os futuros dos EUA, que dão o tom do humor do mercado para o resto do dia apontando firmemente para baixo (-0,8% nos do S&P 500).
 
"O mercado estava de olho no Deutsche Bank há um tempo, da mesma forma que já estava com o Credit Suisse", disse à Reuters Stuart Cole, economista chefe do britânico Equiti Capital (é com "i" mesmo esse "equiti", não com "y"). "O banco passou por reestruturações e trocas de comando sem que elas realmente tenham funcionado".
De fato. Mesmo antes dos 14% de hoje, as ações do Deutsche Bank já acumulavam 40% de queda desde novembro do ano passado. A diferença é que agora o temor é de um câncer no sistema bancário global.
 
Um temor reforçado pelo fato de que o ministério da justiça dos EUA investiga o UBS e o Credit Suisse por terem ajudado oligarcas russos a driblar sanções americanas. Ou seja: talvez não falte mesmo sujeira debaixo do tapete dos bancos mais emblemáticos do mundo. E a confiança nos bancos como um todo evapora, a economia vira pó. Este é o sinal que as bolsas dão nesta manhã.
 
O pânico reflete-se no índice DXY, que mede a oscilação do dólar ante outras seis moedas fortes. Quando a situação é crítica, a demanda pela moeda americana cresce, mesmo entre os agentes que têm suas reservas em euro, libra etc. Nesta manhã, o DXY sobe 0,65%. Péssimo sinal para as moedas nem tão fortes, como a nossa, já que nesses casos a tendência é de uma subida ainda maior do dólar.
 
Outra amostra da paúra generalizada é a cotação do petróleo, em queda de 4% nesta manhã, a US$ 72,89. No mês, a queda já é de 13%.
 
IPCA-15
A prévia da inflação de março tende a desacelerar em relação à de abril. A mediana das consultas feitas pela Broadcast aponta para 0,67%, ante 0,76% em fevereiro. As estimativas variam de 0,51% a 0,81%. E às 9h teremos o veredito.
Bons negócios, na medida do possível.
 
 
• S&P 500: -0,85%
• Nasdaq: -0,47%%
• Dow Jones: 1,05%
*às 8h20
 
 
Bitcoin: alta de 45% e alerta da "CVM dos EUA"
Desde o dia 10 de março, quando começou a atual crise bancária, com a ruína do SVB, o Bitcoin experimenta uma alta de 45% – do sul dos US$ 20 mil para os norte dos US$ 28 mil. É uma reação natural. A mãe de todas as criptomoedas surgiu para funcionar como uma alternativa ao dinheiro comum, o que circula pelos bancos. Logo, a demanda por ela cresce em momentos de estresse do sistema bancário.
 
A SEC (CVM dos EUA) aproveitou o momento para soltar um comunicado que ressalta riscos inerentes às criptos. "Em particular, nenhuma entidade que administra criptoativos está registrada na SEC como uma bolsa nacional de valores mobiliários (tal qual a NYSE ou a Nasdaq). E nenhuma bolsa opera criptoativos", diz a entidade. "Como resultado, quem investe em cripto talvez não conte com o benefício de regras que protegem contra fraude, manipulação e outras más condutas".
 
Em outras palavras: "Se tomar chapéu, não conte com a gente".
 
 
9h: IPCA-15 de março
 
 
• Índice europeu (EuroStoxx 50): -2,50%
• Bolsa de Londres (FTSE 100): -2,04%
• Bolsa de Frankfurt (Dax): -2,45%
• Bolsa de Paris (CAC): -2,39%
 *às 8h26
 
 
• Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,30%
• Hong Kong (Hang Seng): -0,67%
• Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,13%
 
 
• Brent*: -3,98% a US$ 72,89 o barril
• Minério de ferro**: 0,29%, a US$ 126,12 a tonelada, na bolsa de Dalian
*às 8h26 / **às 7h00
 
 
Como declarar ganhos com ações no IR
Vamos direto para um exemplo prático. Você comprou R$ 70 mil em ações e vendeu dois anos depois por R$ 100 mil. R$ 30 mil de lucro. Beleza, vai ter de pagar imposto. Primeira coisa: entre imediatamente no SicalcWeb, um site da Receita Federal, e emita um Darf. “Imediatamente” porque, se você vendeu no dia 21 de setembro, você só vai ter até 30 de outubro para pagar – e é fácil esquecer (...).
Para ler até o final, clique aqui. Neste pequeno guia da Você S/A, mostramos como se acertar com o leão – em linguagem papo-reto, sem labirintos contábeis.
 
 
Depois do fechamento de mercado: Cemig

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