O bolsonarismo passa bem mesmo sem seu líder por perto. É o que avalia Matheus Pichonelli, na esteira do episódio protagonizado pelo deputado Nikolas Ferreira no Dia Internacional da Mulher. Munido de uma peruca loira, o parlamentar novato fez da tribuna da Câmara um novo palco para o seu teatro de ódio transfóbico. E agora, deve-se refutar a ofensa reciclada ou isso seria, nas palavras do colunista, "dar palanque a um imbecil"? Não há resposta mastigada no texto. Madeleine Lacsko aborda o caso por viés semelhante e aponta para o triunfo da perversidade na economia da atenção. E explica: Nikolas não se preocupa com a falta de sentido de sua fala, só busca holofotes com um ato que agride e choca. Se alguém usa perseguição e desumanização como método, diz ela, "estamos diante de um perverso que simulará qualquer discurso para poder ter o prazer mórbido de destruir". Josias de Souza pede cassação e cadeia para o "filhote de Bolsonaro" e vê leniência de Lira, que por enquanto não saiu da reprimenda. Reinaldo Azevedo entende o puxão de orelha do presidente da Casa como um "alento", mas já projeta que Nikolas não será apeado da cadeira pela Câmara - para ele, o deputado deve responder judicialmente pelo seu crime. Se condenado, perde o mandato. |
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