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Abril Comunicações
 
MERCADO FINANCEIRO
 
Índice fecha em 0,09%. Fluxo estrangeiro chega a R$ 11,8 bilhões em agosto, e dá uma força para as empresas de tecnologia.
 
 
Por Alexandre Versignassi 
 
 
O dinheiro gringo começa a voltar para a B3. Só neste mês, que ainda mal passou da metade, entraram R$ 11,8 bilhões na bolsa brasileira (até o dia 16, data dos dados mais recentes). Essa é a diferença entre o tanto de dinheiro gringo que entrou, para a compra de ações (R$ 176,2 bi) e o que saiu, via venda de papéis (R$ 164,4).
 
Esse saldo vinha capenga. Ficou em torno de R$ 2 bi positivos em julho e junho, e negativo em maio (-R$ 6,2 bi) e abril (R$ -7,6 bi).
 
A chegada de mais capital externo dá uma força a empresas que estavam severamente descontadas, como Magalu e Via (que subiram, respectivamente, 55% e 40% neste mês), e para algumas que vinham numa pasmaceira danada: as nossas techs (já que dinheiro grindo não resiste a chips e códigos de programação).
 
Uma dessas é a Positivo (POSI3): alta de 57% no mês para a fabricante de computadores, sendo 3,17% hoje. Outra é a Totvs (TOTS3), maior empresa de software do país, que já fez 18% em agosto. Sobre o desempenho dela hoje, tem mais aqui:
 
Totvs: nem parece banco, mas é
 
Foram 3,36%. Aparentemente, o mercado gostou de uma aquisição que a companhia que do "v" romano (aquele com som de "u") anunciou ontem. A Totvs comprou a RBM, uma companhia relativamente pequena, também do ramo de software corporativo, só que voltada para fintechs (startups que oferecem serviços financeiros, como crédito).
 
O lance é que a própria Totvs virou uma fintech – nas palavras deles, uma "techfin" (pois o core business ali segue sendo a parte "tech" pura, dos softwares para empresas). O ponto é que hoje eles emprestam a juros a seus clientes (o negócio que, lá atrás, transformou empresas como a Pag Seguro em minas de ouro).
 
Com a compra da RBM, por módicos R$ 30 milhões, a Totvs mergulha mais fundo nessa seara.
 
Burger King grelha proposta do Mubdala
 
O Mubdala é um colosso. O fundo de investimento estatal dos Emirados Árabes tem US$ 284 bilhões em ativos, que incluem participações em dezenas de empresas (eles detêm partes da Ferrari e da AMD, por exemplo). No dia 01 de agosto, decidiram ampliar seu portfólio, com uma oferta para assumir o controle da operação brasileira do Burger King (BKBR3) – o nome dessa operação era BK Brasil; agora é Zamp.
 
Bom, o Mubdala já era dono de 4,95% da Zamp. Então propôs comprar mais 45,15%, e se tornar o manda-chuva pleno, com 50,10%. Ofereceram R$ 7,55 por ação – um prêmio 21% sobre a cotação do pregão anterior (R$ 6,22).
 
Acontece que tal cotação, do dia 29 de julho, não era exatamente uma maravilha. No pico, lá em 2019, BKBR3 chegou a valer R$ 22,69. Não só. Desde o anúncio do interessse do Mubdala pela produtora de Whoppers, bateu aquele "tem bagulho bom aí" no mercado, e, até ontem, os papéis tinham subido 35%, a R$ 8,42.
 
E hoje o conselho de administração da Zamp jogou a proposta do Mubdala na fritadeira: recusaram a oferta, dizendo que o fundo subestimou o verdadeiro valor de mercado do BK. E a resposta atiçou o apetite dos investidores: alta de mais 1,66% hoje, a R$ 8,54.
 
Petróleo: 3,14%
 
O barril entrou em modo Marcel Proust: está em busca do tempo perdido. Mais especificamente, do valor perdido: alta de 3,14%, a US$ 96,59.
 
Bom para as petroleiras. Alta de de 4,43% para RRRP3, 2,01% para PETR4 e 1,23% para PRIO3. E, claro, ruim para as esperanças de arrefecimento da inflação global, que contam com baixas no Brent para existir. Mas essa é outra história.
 
Até amanhã!
 
 
Maiores altas
Natura (NTCO3): 5,31%
3R Petroleum (RRRP3): 4,43%
Hapvida (HAPV3): 4,34%
Totvs (TOTS3): 3,36%
Positivo (POSI3): 3,17%

Maiores baixas
YDUQS (YDUQ3): - 5,28%
Americanas (AMER3): - 4,28%
MRV (MRVE3): - 4,17%
Dix (DXCO3): - 3,95%
CVC (CVCB3): - 3,84%
 
Ibovespa: 0,09%, a 113.812 pontos
 
Em NY:
S&P 500: 0,24%, a 4.284 pontos
Nasdaq: 0,21%, a 12.965 pontos
Dow Jones: 0,06%, a 34.000 pontos
 
Dólar: 0,08%, a R$ 5,17
 
Petróleo
Brent: 3,14%, a US$ 96,59
WTI: 2,76%, a US$ 90,11
 
Minério de ferro: 0,29%, a US$ 102,20 a tonelada, na bolsa de Cingapura

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