Bom dia! Brasileiros devem começar a terça-feira com um alívio. A expectativa é que o IPCA de julho aponte deflação, ou seja, redução dos preços pela primeira vez desde 2020, quando a pandemia bagunçou a economia. As previsões dos economistas consultados pelo Boletim Focus, do Banco Central, apontam para uma contração de 0,64% do índice oficial da inflação em julho, na comparação com maio. Esta seria a maior deflação mensal do plano Real. O recorde anterior foi de 0,52%, em agosto de 1998. Tamanha redução nos preços não é nada natural. Ela é resultado do corte no ICMS promovido pelo Congresso sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Além disso, a Petrobras reduziu o preço da gasolina no mês passado e a Aneel barateou a conta de luz com a bandeira verde. A redução de 0,64% na inflação levaria o IPCA acumulado em 12 meses de 11,89% para 10,11%. Neste ritmo, pode ser que a inflação anual venha abaixo de dois dígitos já em agosto. A notícia é boa para os ativos mais arriscados, como ações. Quanto menos inflação, menor a necessidade de manter os juros em alta; e sem juros em alta a renda fixa fica menos atraente do que está agora, "liberando" dinheiro para a bolsa. Tudo isso se o fantasma dos gastos públicos não atrapalhar tudo, já que a gastança federal cria inflação – o que não ajuda nos planos de encerrar as altas da Selic. E isso parece algo distante ainda: o governo planeja mudar a meta da dívida pública de um percentual fixo do PIB para uma faixa, aponta reportagem do Estadão. Uma das propostas do ministério da Economia seria um alvo para a dívida entre 60% e 70% do PIB, com margem de tolerância de 5 pontos percentuais para mais ou para menos. Não pode dar a mão, que já querem o braço… Bons negócios! |
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