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ABERTURA DE MERCADO
 
IPCA de julho deve apontar a maior redução mensal de preços na história do real
 
 
Redução no ICMS e conta de luz deve ter feito preços caírem 0,64% na comparação mensal: uma boa notícia para a bolsa.
 
 
Por Alexandre Versignassi e Júlia Moura
 
 
Bom dia!
 
Brasileiros devem começar a terça-feira com um alívio. A expectativa é que o IPCA de julho aponte deflação, ou seja, redução dos preços pela primeira vez desde 2020, quando a pandemia bagunçou a economia.
 
As previsões dos economistas consultados pelo Boletim Focus, do Banco Central, apontam para uma contração de 0,64% do índice oficial da inflação em julho, na comparação com maio.
 
Esta seria a maior deflação mensal do plano Real. O recorde anterior foi de 0,52%, em agosto de 1998.
 
Tamanha redução nos preços não é nada natural. Ela é resultado do corte no ICMS promovido pelo Congresso sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
 
Além disso, a Petrobras reduziu o preço da gasolina no mês passado e a Aneel barateou a conta de luz com a bandeira verde.
 
A redução de 0,64% na inflação levaria o IPCA acumulado em 12 meses de 11,89% para 10,11%. Neste ritmo, pode ser que a inflação anual venha abaixo de dois dígitos já em agosto.
 
A notícia é boa para os ativos mais arriscados, como ações. Quanto menos inflação, menor a necessidade de manter os juros em alta; e sem juros em alta a renda fixa fica menos atraente do que está agora, "liberando" dinheiro para a bolsa.
 
Tudo isso se o fantasma dos gastos públicos não atrapalhar tudo, já que a gastança federal cria inflação – o que não ajuda nos planos de encerrar as altas da Selic. E isso parece algo distante ainda: o governo planeja mudar a meta da dívida pública de um percentual fixo do PIB para uma faixa, aponta reportagem do Estadão. Uma das propostas do ministério da Economia seria um alvo para a dívida entre 60% e 70% do PIB, com margem de tolerância de 5 pontos percentuais para mais ou para menos.
 
Não pode dar a mão, que já querem o braço…
 
Bons negócios!
 
 
 
• Futuros S&P 500: -0,18%
• Futuros Nasdaq: -0,52%
• Futuros Dow: 0,01%
 *às 7h50
 
 
• Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,72%
• Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,01%
• Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,86%
• Bolsa de Paris (CAC): -0,34%
*às 7h52
 
 
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,20%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,88%
Hong Kong (Hang Seng): -0,21%
 
 
 
Brent: -0,60%, a US$ 96,07
Minério de ferro: -1,48%, a US$ 109,70 por tonelada em Cingapura
*às 7h05
 
 
9h - IPCA de julho
17h30 - estoques de petróleo nos EUA na semana até 05/08 (API)
22h30 - inflação na China em julho (NBS)
 
 
 
Petroleiras comemoram no 2º trimestre
No dia 28 de julho, os resultados da Petrobras fizeram a alegria dos acionistas: lucro de US$ 11 bilhões (salto de 35% em um ano). A estatal brasileira não está sozinha no clube de petroleiras com balanços estonteantes no trimestre. Um levantamento do Valor aponta que as principais companhias do setor na América do Norte, América Latina e Europa tiveram, juntas, receita de US$ 594,3 bilhões – alta de 77% na comparação anual. E o lucro combinado mais que triplicou, para US$ 98 bilhões. A dúvida, agora, é se as empresas vão conseguir se manter no mesmo patamar nos próximos balanços, já que, entre abril e junho, elas contaram com um empurrãozaço dos preços de petróleo e gás.
 
 
SoftBank pede desculpas
Masayoshi Son, fundador e CEO do SoftBank, é conhecido por sua estratégia de investimento agressiva e por não titubear frente ao risco. No entanto, na coletiva de imprensa após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, o empresário disse sentir vergonha por não ter sido mais seletivo. Os Vision Funds do SoftBank reportaram uma perda combinada de ¥ 2,3 trilhões no segundo trimestre, superando a perda de ¥ 2,2 trilhões no trimestre anterior. O Financial Times explica como a empresa chegou até aqui e o que está por vir para Masayoshi Son.
 
Mudança no teto de gastos
O Ministério da Economia está estudando redesenhar as regras do teto de gastos. Funcionaria assim: se o endividamento federal estivesse abaixo de determinado patamar, as despesas do governo poderiam crescer para além da inflação. Para os técnicos da Economia, a nova regra serviria de incentivo para manter o endividamento brasileiro sob controle – hoje, ele é de vertiginosos 78,2% do PIB (a média de outros países emergentes é de 60%). Aqui, a Folha detalha a nova proposta e explica a situação do nosso endividamento público.
 
 
Antes da abertura de mercado: BTG.
Depois da abertura: CVC, Copel, Méliuz e XP.
 

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