Bom dia! Depois de uma semana tumultuada nas bolsas, investidores agora aguardam o número que vai fechar a semana: é o payroll, relatório oficial de empregos nos EUA. Ele sai às 9h30. O dado é um dos mais importantes para a economia americana, e por dois motivos. O primeiro é que ele dá pistas sobre a recessão que bate às portas dos EUA. Apesar do país ter registrado dois trimestres de queda no PIB, o que dá para chamar de recessão técnica, o mercado de trabalho continua forte e aquecido, com um desemprego baixo (3,6%), quase nos níveis pré-pandemia. Um payroll forte pode ajudar a acalmar os temores de recessão, mas o número também pode vir para assustar. Algumas empresas, como Walmart e Robinhood, cortaram seus quadros de funcionários recentemente, citando justamente a piora da economia. O segundo motivo é que a força do mercado de trabalho americano guia também as decisões do Fed, o banco central americano. O problema, aqui, é que um mercado de trabalho muito aquecido significa também maior inflação, e o Fed pode responder com movimentos mais agressivos. Por enquanto, o mercado está dividido sobre o próximo aumento nos juros por lá: alguns apostam num salto de 0,75 p.p., enquanto outros ainda veem um aumento mais suave, de 0,5 p.p., como mais provável. As expectativas são de que o payroll mostre a criação de 250 mil empregos em julho, o que representaria uma desaceleração em relação ao mês anterior (372 mil), mas ainda seria um número forte. Boa sexta-feira. |
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