Os índices futuros dos EUA operam apontando um para cada lado nesta manhã. Às 8h, o S&P 500 vinha estável (0,01%), o Nasdaq, em queda (-0,58%) e o Dow Jones, o clube mais seleto, que conta apenas com as 30 maiores empresas de lá, em alta (0,33%). Motivo para a alta: o médico Anthony Fauci, que é uma espécie de Drauzio Varella dos EUA (um especialista em quem a população confia) e que, além disso, é o conselheiro da Casa Branca para assuntos de saúde, afirmou no domingo para a CNN que Ômicron "parece não ser tão grave". Sim, ela se espalha com força, mas os casos tendem a ser leves ou assintomáticos. É o que mostra um estudo com pacientes na África do Sul, onde a Ômicron se tornou a variante mais comum. Fauci avisou que ainda é cedo para conclusões definitivas. Mas, claro, os dados são animadores. E porque o Nasdaq sofre, então? Porque ele concentra as empresas de tecnologia – as que mais subiram nos últimos dois anos. Aparentemente, há um movimento de realização de lucro entre quem apostou, e ganhou muito, com o boom do setor. E parte desses lucros vai para ações de empresas mais sólidas – caso do top 30, retratado pelo Dow Jones. As bolsas estrangeiras também têm sido um destino, incluindo a nossa. O fluxo de capital externo na B3 (ou seja, os investimentos que vêm de fora) está positivo em R$ 56 bilhões no ano – isso significa que as entradas superam as saídas nesse volume. Tudo isso num cenário em que o fluxo doméstico cai: -R$ 3,6 bilhões no caso das pessoas físicas e -R$ 65 bilhões no dos investidores institucionais (como fundos de bancos). Ou seja: por enquanto, é o dinheiro gringo que tem segurado as pontas por aqui. Boa semana! |
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