RESUMO DO DIA – EDIÇÃO DA MANHÃ | QUARTA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2020
STF JULGA SE VACINA PODE SER OBRIGATÓRIA; "TERMO DE
RESPONSABILIDADE" DE BOLSONARO É IRONIZADO
Quase dez meses desde o primeiro caso brasileiro de covid-19 no
país, o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido), e o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, farão hoje o anúncio
oficial do plano de vacinação contra a covid-19 no país. Mais tarde, às 14h,
o STF (Supremo
Tribunal Federal) julgará se estados e municípios podem impor a obrigatoriedade
da imunização.
Em meio ao cenário de incertezas gerado pelas vacinas, Bolsonaro sugeriu a
apoiadores que quem receber a vacina deverá
assinar um termo de responsabilidade:
Tem gente que quer tomar, então tome. A
responsabilidade é sua. Quer tomar, toma. Se der algum problema por aí...
Espero que não dê."
Jair Bolsonaro
A ideia é criticada por médicos e
juristas, escrevem hoje no UOL Luís Adorno e Nathan Lopes. Isso
porque a Anvisa já é um órgão que assume a responsabilidade pela vacina ao
aprová-la, e a "Lei do Coronavírus"
faz referência à vacinação como medida de combate à pandemia. Some-se a isso o
fato de a Constituição estabelecer que a Saúde é um dever do Estado.
Ou seja: assim como não é preciso assinar um documento de
consentimento para a compra de medicamentos em farmácias, uma vez que já foram
aprovados pelo órgão federal, não seria necessário um termo antes da dose do
imunizante.
A proposta, avaliam, pode ser uma forma de tirar a obrigação do
governo sobre a vacinação — mas pode virar até alvo de processo.
O QUE VALE A PENA SABER
- Taxa de transmissão da covid no Brasil está em 1,13, diz
Imperial College
- Médicos se dizem no escuro sobre CoronaVac e criticam
plano sem aprovação
- Paraná ainda avalia vacina russa e testes seriam só
em fevereiro, diz Alep
- Governo prevê vacinação em 5 dias após aval da
Anvisa e entrega de doses.
Fonte/Foto: Clarice Cardoso, do UOL em São Paulo
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