SEPULTAMENTOS EM MANAUS-AM CHEGAM A 50 EM UM ÚNICO DIA, E PREFEITO DEMONSTRA PREOCUPAÇÃO
Prefeito de Manaus diz que número de mortes por covid-19 é bem
maior que o divulgado: 'é muito pior'
Um total de 50 sepultamentos foi registrado nos cemitérios de
Manaus nesta quinta-feira, 19/11, sendo cinco tendo como causa a Covid-19,
provocada pelo novo coronavírus. Desse quantitativo, 43 foram registrados nos
espaços público, sendo 4 como Covid-19, e sete nos espaços privados, sendo um
causado pelo novo coronavírus.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, manifestou preocupação na manhã desta sexta-feira, 20. “Falamos em pandemia como se fosse passado e ela está presente. Ontem (19/11) foram 50 sepultados em Manaus e disseram que foram apenas cinco por Covid-19 entre cemitérios públicos e privados. Isso não é verdade, sabemos que é muito pior. A pandemia está aí e é preciso tomarmos providências”, alertou.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o município
é responsável por atestar as causas de mortes somente em casos de ocorrência
domiciliar. A maior parte das causas de óbitos são atestadas por médicos dos
hospitais e Serviços de Pronto Atendimento (SPAs).
Arthur Neto disse, ainda, que o município tem feito todo esforço
necessário para conter o avanço da doença na capital do Amazonas.
“Nossas UBSs estão fazendo tudo o que podem, trabalhando dia e
noite, para darmos conta da nossa parte e mandamos os casos mais graves para os
hospitais do Estado ou para a rede privada”, disse o prefeito, ao relatar que
uma das estratégias foi aumentar a oferta da vacinação para reforçar a
imunização da populção. “Estamos fazendo testagens e até vacinação contra o
H1N1, porque aumenta a imunidade. Recomendo a todo mundo o uso de máscara e que
leve a sério algo que está acontecendo na Europa e está acontecendo aqui”,
concluiu.
Informe
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de
Limpeza Urbana (Semulsp), que gerencia os cemitérios públicos da cidade, tem
dado transparência aos números de enterros e cremações desde o início da
pandemia do novo coronavírus, que teve o pico nos meses de abril (com mais de
2,4 mil sepultamentos e cremações) e maio (com mais de 1,8 mil), com números
quase três vezes maiores de enterros que os considerados normais, antes da
pandemia.
Neste dia 19, dos 43 registros nos espaços gerenciados pela
Semulsp, dois de óbitos oriundos de outras cidades. Não houve opção por cremação.
Foram registrados, também, sete óbitos em domicílio e do total de sepultamentos
no sistema público, oito foram a partir do serviço SOS Funeral, gerenciado pela
Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).
Ainda entre as causas dos enterros nos cemitérios públicos, foram
registradas quatro por insuficiência respiratória, uma parada
cardiorrespiratória e uma parada respiratória. Também foram registradas três
mortes por causas desconhecidas ou indeterminadas.
Informações sobre óbitos são da própria Prefeitura, diz Governo do
AM
O Governo do Estado do Amazonas esclareceu nesta sexta-feira
(20/11) que os dados sobre a Covid-19, incluindo número de mortos e
sepultamentos no Amazonas, divulgados nos Boletins Diários de Casos de Covid-19
da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) são fornecidos pelos municípios.
O esclarecimento é em resposta a uma declaração do prefeito de
Manaus, Arthur Neto, contestando o número de sepultamentos por Covid-19 na
capital.
A diretora presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto, ressalta que
os dados epidemiológicos divulgados em seus boletins diários são passíveis de
revisão e isso tem acontecido todos os dias na medida em que chegam novas
informações dos municípios.
A diretora lembrou que a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus
(Semsa Manaus) investigou 654 óbitos suspeitos de Covid-19, ocorridos no pico
da pandemia, entre abril e maio, dos quais 346 foram reclassificados nos
sistemas de informações oficiais e inseridos nos Boletins da FVS.
Segundo Rosemary Costa Pinto o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) é de responsabilidade dos Municípios. Segundo Rosemary, Manaus é uma das poucas capitais do país que não oferece o serviço.
Fonte/Foto: DeAmazônia
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