O IMPACTO DO FOGO NO PANTANAL

 

Estamos no Pantanal para registrar o drama que a região vem enfrentando e também para nos aproximar das organizações que vem atuando intensamente no local desde que a crise das queimadas começou, trazendo apoio e ampliando essas histórias.

Expedição do Greenpeace no Pantanal, setembro de 2020 Mato Grosso (BR). Em 2020, incêndios de grandes proporções consumiram mais de 20% do Pantanal, no centro-oeste do Brasil. A falta de chuvas recorrente na região, somada à ausência de políticas de proteção ambiental, deram início a uma crise sem precedentes, que coloca em risco pessoas e a rica biodiversidade do bioma. Em setembro o Greenpeace esteve na região, para registrar o problema e levar apoio às organizações que atuam no Pantanal.

Expedição do Greenpeace no Pantanal, setembro de 2020

Sabemos que o impacto dos incêndios é muito severo na biodiversidade, quem não ficou chocado/a com as onças e suas patas queimadas? Sim isso é inaceitável e falaremos mais sobre. Mas hoje resolvemos também entender como o fogo afeta os "povos do Pantanal".

Mas quem são os povos do Pantanal? Os povos do Pantanal incluem comunidades quilombolas, povos indígenas e comunidades tradicionais, os pantaneiros. 

Na última quarta-feira, 23 de setembro, saímos cedo de Cuiabá com destino ao complexo Mata-Cavalo, que é um conjunto de quilombo com diversas comunidades. Mata Cavalo na verdade é o nome de um rio que passa pelo território, assim me contou seu Germano, que nos acompanhou e nos levou para visitar algumas famílias.

Expedição do Greenpeace no Pantanal, setembro de 2020 Mato Grosso (BR). Em 2020, incêndios de grandes proporções consumiram mais de 20% do Pantanal, no centro-oeste do Brasil. A falta de chuvas recorrente na região, somada à ausência de políticas de proteção ambiental, deram início a uma crise sem precedentes, que coloca em risco pessoas e a rica biodiversidade do bioma. Em setembro o Greenpeace esteve na região, para registrar o problema e levar apoio às organizações que atuam no Pantanal.

Expedição do Greenpeace no Pantanal, setembro de 2020

O que vimos lá? Além de saber mais sobre a situação complicada vivenciada pelas comunidades quilombolas, algumas já cercadas pela expansão do agronegócio, perda de produção devido ao clima mais quente e a ausência do Estado, também pude ver uma roça inteira queimada, na comunidade Mutuca. 

Na parte da tarde fomos ao Instituto Centro de Vida (ICV), que está abrindo um escritório para servir de centro logístico - junto à outras organizações - para receber, estocar e destinar doações. Nós entramos como parceiros nessa importante frente de trabalho, que está em plena construção. 

A Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), também tem um espaço em Cuiabá. Lá fizemos a entrega de cestas básicas, recebidas pelo Soilo Urepê Chue. Ele nos contou a situação de urgência que enfrentam os povos indígenas, no caso da TI Guató, eles até tiveram que sair de algumas regiões. Outros não têm nem o que beber. A situação é bem séria, e agora levará um tempo até conseguirem plantar e tirar seu sustento da terra. Ou seja, mesmo que a chuva chegue, o problema não estará resolvido. 


Cris-Mazzetti

 

Cristiane Mazzetti
Campanha de Amazônia
Greenpeace Brasil 


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