GOVERNO INICIA TERCEIRA FASE DA PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA DE COVID-19 NO PARÁ
Mais de 9 mil testes e questionários serão aplicados em 52 municípios paraenses nesta nova etapa
Os bairros do Jurunas, Cremação, Condor, Batista Campos, Marco, Terra firme, Canudos e Telégrafo, na Região Metropolitana de Belém (RMB), foram contemplados no primeiro dia desta nova etapa. A partir de quarta-feira (23), iniciam a pesquisa nas regiões do Marajó Oriental e Baixo Amazonas. Nas demais regiões, a pesquisa iniciará a partir do dia 29 de setembro. A previsão é de que a terceira fase seja concluída no final do mês de outubro.
Serão incluídos nesta fase 32 novos municípios paraenses que ainda não participaram da pesquisa, além das 20 cidades mais populosas do Estado, que são investigadas desde a primeira etapa, como Belém, Santarém, Marabá e Castanhal. Ao todo, o estudo envolverá 114 municípios paraenses, o que representa mais de 70% das cidades do Estado. De acordo com o professor Pedro Vasconcelos, coordenador do Comitê de Biossegurança da Uepa, o resultado, que estima o total da população que apresenta anticorpos da Covid-19, auxilia na tomada de decisões da Sespa e do Governo do Estado, já que traça o perfil de prevalência e infecção do novo Coronavírus (SARS-CoV-2), causador da doença-19, no Pará. "O resultado das primeiras fases dos estudos comprovam uma estabilidade com tendência de queda, observada em cinco das oito regiões do Estado", informa o coordenador. Na 1ª fase, foram 8.587 testes realizados e na 2ª fase foram 8.826. Após o término da terceira etapa, segundo o professor Pedro Vasconcelos, será feita uma avaliação para verificar a necessidade da execução de uma quarta etapa do estudo. "Nesse momento, teremos uma visão ampla do cenário de 2020. Uma outra etapa da pesquisa em janeiro de 2021 pode ser importante para compreender a perspectiva para o próximo ano", explica.
São 194 alunos dos cursos de Enfermagem e Medicina da Uepa e oito professores, que atuam como coordenadores de campo, envolvidos na terceira fase. "São estudantes que cursam os últimos semestres na Universidade. Esse projeto é uma possibilidade de aprendizado das habilidades de contato e convívio com a população. Eles são agentes de mudanças e transformação neste momento tão difícil de pandemia", assegura a professora Lidiane Vasconcelos, coordenadora de campo da pesquisa epidemiológica. Participante desde a primeira etapa da pesquisa, a aluna Victória Sobral, que cursa o oitavo semestre do curso de Enfermagem da Uepa, já aplicou testes e questionários em Ulianópolis, Barcarena e, nesta terceira etapa, compõe a equipe responsável pela RMB. "Participar deste projeto de extensão é muito significativo. Além de adquirir experiência de campo, acrescenta muito pro nosso currículo. Está sendo incrível. Tomamos todos os cuidados para a segurança do morador e a nossa própria segurança", garante.
Para o professor e morador do bairro do Telégrafo, Rafael Vitti, um fator importante da pesquisa é que a aplicação dos testes alcança pessoas que muitas vezes não tem condições de pagar por um exame particular, por conta do valor mais elevado.
Municípios envolvidos na terceira etapa: Araguaia Na primeira etapa da pesquisa, foram feitas 8.587 entrevistas. Um em cada cinco habitantes testou positivo para a Covid-19. O número equivale a cerca de 1,3 milhão de pessoas que já possuem anticorpos para a doença ocasionada pelo novo coronavírus, o que representa uma positividade global de 21% e garante que grande parcela da população já foi infectada pela doença. Clique aqui e saiba mais sobre o levantamento. Segunda Fase Cerca de 1,28 milhão de pessoas apresentaram anticorpos nesta segunda fase da pesquisa. Foram realizados 8.826 testes em bairros de Belém e Ananindeua, além de 50 municípios do interior do Estado, distribuídos em oito Regiões de Regulação da Saúde, no período de 5 a 31 de agosto. A maior parte dos casos confirmados foi em pessoas do sexo feminino, sendo 61,7% do público morador da área urbana e 38% da área rural. A maioria das regiões apresentou queda nos registros, com exceção de Araguaia, Xingu e Marajó Ocidental. Faixa etária predominante foi entre 35 a 44 anos. Veja aqui mais sobre o estudo. |
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