DIA NACIONAL DO RÁDIO: ADEQUAÇÃO AO MEIO DIGITAL E SUPERAÇÃO NA PANDEMIA, ACOMPANHE AS PRINCIPAIS VITÓRIAS DO RÁDIO BRASILEIRO
Dados do Inside Rádio 2019 revelam que, de 13 regiões
metropolitanas pesquisadas, 83% da população ouve rádio. Além disso, 3 a cada 5
pessoas sintonizam em alguma emissora diariamente
Considerado o veículo da emoção, por levar informação, utilidade
pública e diversão aos lares de toda família, o rádio brasileiro comemora seu
dia neste 25 de setembro. A data é festejada pelo jornalista Daniel Starck, CEO
do portal Tudo Rádio, como de extrema importância, pois se trata do meio de
comunicação de maior alcance do planeta, no qual, 90% da população ouve rádio
semanalmente.
“Desde o início da popularização da internet, o rádio vem com
essa tecnologia, sempre disponível com streaming de áudio e agora
possibilitando outras integrações em formatos diferentes na entrega de
conteúdo. Seja por meio de uma rede social, onde as pessoas estão, o rádio
está. Também há outras plataformas de entregas de áudio, como os podcasts e até
transmissões em vídeo de algumas de suas atrações, portais de internet e
aplicativos”, destacou.
Ainda segundo Stark, além de ter conseguido se fortalecer com a
chegada do meio digital e online, o rádio também mostrou sua capacidade e
eficiência, mesmo diante dos problemas causados pela pandemia do novo
coronavírus. Apesar de considerar que houve redução no faturamento, o veículo
apresentou aumento em relação à audiência.
“Não só no Brasil, mas lá fora, o tempo médio em que os ouvintes
ficam dedicados a uma emissora de rádio, aumentou. Já o alcance, ou foi
mantido, ou aumentou em alguns locais, mesmo com uma menor circulação das
pessoas no início da pandemia. Esse crescimento de audiência tem muito a ver
com o papel que o rádio desempenha para a população. Ele é um grande companheiro,
prestador de serviço e tem credibilidade”, avaliou Starck.
O radialista, Nilson Bittar, da Rede Mais FM comemora a data
lembrando que, aos 7 anos de idade, quando morava na zona rural do estado de
Goiás, ouvia grandes locutores e falava que queria ser do rádio. Ele conta que
até dormia com o aparelho na cama. O problema eram as surras do pai por quebrar
o rádio enquanto estava desacordado.
“Eu pegava o rádio do meu pai escondido, levava para a cama,
colocava perto do travesseiro e ouvia as rádios de São Paulo. Acreditem, eu
dormia, rolava e o rádio caia e quebrava. Eu tomei três surras, porque era um
negócio louco quebrar um rádio dentro daquelas condições. Mas realmente era um
sonho que eu tinha”, lembrou Bittar.
Rádios comunitárias
Neste dia Nacional do Rádio, a educadora da rede Mocoronga de
Comunicação Popular, Elis Lucien, dá um destaque especial para as emissoras
comunitárias. Ela acredita que, pela proximidade que essas rádios têm com a
população, o apelo da sociedade é atendido com maior celeridade.
“Se não fossem as rádios comunitárias, várias questões sociais
de dentro da própria comunidade não iam à tona para outras emissoras. O Brasil
dá a notícia que ele gostaria de dar, mas a rádio comunitária dá a notícia que
o próprio receptor nos envia para falar. Esse é o elo dessa grande
transformação, da relevância da comunicação comunitária”, considerou Elis.
Dados do rádio no Brasil
Dados do Inside Rádio 2019 revelam que, de 13 regiões
metropolitanas pesquisadas, 83% da população ouve rádio. Além disso, 3 a cada 5
pessoas sintonizam em alguma emissora diariamente. Cada ouvinte passa em média
4h30min por dia ouvindo rádio.
Quando a análise é feita em quatro regiões no país, a plataforma
mostra ainda mais o seu potencial. No Nordeste brasileiro, por exemplo, 83% das
pessoas são ouvintes de rádio. A média é a mesma percebida no Sudeste do país.
Esse volume aumenta um pouco quando passamos para o Sul, onde 85% da população
tem costume de ouvir rádio. Já no Centro-Oeste, o índice é de 81%.
Fonte: Marquezan Araújo, BRASIL 61
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