HOSPITAL DE CAMPANHA DE MANAUS ENCERRA ATIVIDADES APÓS DOIS MESES, E PREFEITURA FALA EM REDUÇÃO DE NOVOS CASOS DE COVID-19
Prefeitura ainda mantém atendimento a 46
pacientes que ainda estão internados, mas não deve receber novos casos.
Hospital funcionou por dois meses e deu mais 570 altas.
Pouco mais de dois meses após a sua inauguração,
o hospital de campanha municipal de Manaus vai deixar de atender novos
pacientes a partir desta segunda-feira (15). O anúncio foi feito pelo prefeito
Arthur Neto, que embasou a decisão "na redução de casos da doença na
capital". Manaus concentra, até a manhã desta segunda-feira, mais de 23
mil dos 56,5 mil casos de Covid-19 no Amazonas.
Inaugurado às pressas em 13 de abril, o hospital
curou mais de 570 pacientes - entre eles, 28 indígenas - que precisaram de
internação e, até esta segunda, atende apenas 46. Estes ainda receberão todo
tratamento necessário antes que as atividades médicas sejam encerradas na
unidade.
De acordo com o prefeito, após a alta médica do
último paciente, o hospital de campanha deverá interromper suas atividades. A
taxa de ocupação, atualmente, é de 30%, de um total de 180 leitos ativos, entre
enfermarias, semi-intensivas e UTI.
“O hospital de campanha cumpriu a sua missão.
Fizemos às pressas para socorrer o governo do Estado, sobretudo a população de
Manaus, e transformamos uma escola em hospital em tempo recorde, mas está na
hora de fechar o hospital e fazer com que retorne ao seu destino de escola”,
disse Arthur ao confirmar que o local será usado como centro integrado de
educação de alto padrão.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Marcelo
Magaldi, que esteve no hospital de campanha neste domingo, a prefeitura tem
acompanhado de perto todos os indicadores de Covid-19, como casos confirmados,
atendimento de suspeitos e observa-se que há uma redução em Manaus dos casos -
o que reflete na redução das internações no hospital de campanha.
“Podemos dizer que o hospital de campanha
cumpriu sua missão e que o prefeito Arthur conseguiu dar um grande apoio ao
Estado. A partir de amanhã vamos rever todos os procedimentos dentro do
hospital. Agradecemos todos os servidores que atuaram na linha de frente:
médicos, enfermeiros, técnicos, nutricionistas, fisioterapeutas, que
enfrentaram aqui dentro, de peito aberto e com determinação, esse inimigo
poderoso e invisível que afetou de forma tão grave a população de Manaus”,
comentou o secretário.
Manaus pode ser primeira cidade a 'vencer' a
Covid
A décima edição do boletim do projeto Atlas ODS
Amazonas, do Centro de Ciências do Ambiente da Universidade Federal do Amazonas
(Ufam), prevê que Manaus será a primeira cidade do Brasil a "vencer"
o novo coronavírus.
De acordo com o estudo, a transição para uma
última fase da pandemia está acontecendo mais cedo na capital do Amazonas do
que em outros epicentros do país, pois os dados projetam uma redução drástica
na velocidade de mortes na cidade, após população passar por interação massiva
com a Covid-19.
Reabertura do comércio e novos riscos
Acompanhando a redução dos números da Covid-19
no Amazonas, depois da rápida disseminação da doença colapsar o sistema público
de saúde, o Governo do Amazonas segue com o plano de reabertura gradual do
comércio, que teve início no dia 1º deste mês e acontece por meio de ciclos. O
segundo ciclo do plano inicia nesta segunda-feira (15).
Movimento no Centro de Manaus no segundo dia de reabertura do comércio |
O governo aponta que a redução nos números do
novo coronavírus no estado, como as hospitalizações por Covid-19, justificam a
retomada da economia. De acordo com o plano apresentado aos representantes dos
demais poderes de Estado, neste sábado (15), a nova fase terá mais atividades
que as previstas inicialmente.
Apesar disso, cientistas alertam que os dados da
Covid-19 em queda podem saltar após o relaxamento de medidas de isolamento em
Manaus.
Fonte/Fotos: G1 AM/Divulgação PM Manaus e Carolina Diniz
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