Até o momento, a pandemia do novo coronavírus já deixou 5.512.055 contaminados e 346.612 mortos no mundo. No Brasil são 374.898 contaminados e 23.473 mortos.
QUARENTENA AMPLIADA
O governador de São Paulo, João Doria, vai estender a quarentena no estado a partir de 1º de junho. O próximo período de isolamento será diferente para cada cidade, dependendo com o grau de contaminação. Nesta quarta-feira, Doria vai apresentar os detalhes da medida. A nova fórmula a ser utilizada pelo governo de SP parece, inclusive, ter como base um estudo da Unicamp e da USP, que mostra que alternar o período de quarentena nas cidades pode ser a solução para proteger o sistema de saúde sem prejudicar a economia do estado. Caso a taxa de isolamento não suba e atinja o mínimo de 55%, a previsão das autoridades de saúde é que a epidemia dure até outubro.
AS LIÇÕES DE BH
Primeira capital brasileira a decretar isolamento social, em 18 de março, Belo Horizonte se tornou um exemplo a ser seguido no país. Com bons resultados, a cidade iniciou o processo de relaxamento na segunda, 25. Em entrevista a VEJA, o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil, contou que o diferencial da sua gestão foi ouvir especialistas de saúde logo após o registro do primeiro caso e não se basear em "achismo". O político defendeu a quarentena e pediu cuidado à população na fase de reabertura para que não seja preciso "dar um passo atrás". Até o momento, BH registrou 1.444 casos e 42 mortes, número inferior ao das capitais do Sudeste.
FORTE SUBNOTIFICAÇÃO
Os números oficiais da Covid-19 no Brasil podem estar muito abaixo do real. Segundo o estudo Epicovid-19, o primeiro em âmbito nacional sobre a doença, realizado pela Universidade Federal de Pelotas, o total de infectados deve ser cerca de sete vezes maior. Na pesquisa, foram testados 25.025 moradores de 90 municípios brasileiros. Na cidade de São Paulo, estima-se que 3,1% da população já foi infectada, no Rio de Janeiro, 2,2%. Capitais onde o sistema de saúde já entrou em colapso, como Belém e Manaus, tiveram as maiores estimativas de taxa de infecção: 15,1% e 12,5%.
CLOROQUINA EM XEQUE
A Organização Mundial da Saúde decidiu suspender testes clínicos com hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento contra o coronavírus. A medida foi tomada após um grande estudo associar o uso do medicamento ao aumento de mortes por problemas cardíacos e não atestar eficiência contra a Covid-19. A entidade também alertou para o fato de as curvas de contaminação no Brasil serem alarmantes. O país atualmente é o segundo com mais casos no mundo, atrás somente dos EUA. Além disso, afirmou que países onde o surto está em declínio podem enfrentar um segundo pico caso abandonem as restrições muito cedo. É momento de cautela.
PAZUELLO: ATÉ QUANDO?
O governo de Jair Bolsonaro conta, hoje, com cerca de três mil militares. Um deles ocupa um dos cargos de maior importância no momento: o de ministro da Saúde. Eduardo Pazuello, que é general, entrou na pasta por indicação de Bolsonaro para ser o braço direito de Nelson Teich. Com a saída de Teich, que se recusou a seguir as ordens do presidente que contrariam a ciência, bem como seu antecessor, Mandetta, Pazuello assumiu de forma interina o Ministério. Colunista de VEJA, Ricardo Rangel observa que utilizar militares em funções civis é um equívoco e que a obediência cega do general, que o fez liberar a cloroquina e ir a um ato, pode ter um alto custo em vidas.
GOLPES DO ISOLAMENTO
Enquanto alguns crimes de rua diminuíram desde o endurecimento da quarentena, no universo virtual ocorre o contrário. Nos últimos meses, a internet virou saída para o contato com o exterior e, com isso, a quantidade de golpes online disparou. Como revela matéria de VEJA, o total de ataques virtuais entre março e abril saltou de 14.000 para 105.000. Mais de 20 milhões de brasileiros já clicaram em links maliciosos desde o início da pandemia, muitos deles criados por criminosos que se aproveitaram do auxílio emergencial para roubar dados, com páginas falsas que prometiam pagamentos. A recomendação mais eficaz para se prevenir dos golpes ainda é conferir a origem dos links. Fique atento.
Fonte: Redação de VEJA
CORONAVÍRUS | AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA EPIDEMIA NO BRASIL
Revisados pela Zilton Fioravante Filho
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