Até o momento, a pandemia do novo coronavírus já deixou 247.744 mortos e 3.522.593 contaminados no mundo e 7.025 mortos e 101.147 contaminados no Brasil.
AGLOMERAÇÃO E INSENSIBILIDADE
O presidente Jair Bolsonaro voltou a ignorar recomendações do Ministério da Saúde e cumprimentou pessoas que estavam aglomeradas em frente ao Palácio do Planalto, no domingo, quando o Brasil ultrapassou a marca de 100 mil casos e 7 mil mortes por coronavírus. Manifestantes portavam faixas de apoio a ele e contra o STF, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ex-ministro Sergio Moro. Nem mesmo a situação crítica que o país vive parece sensibilizar Bolsonaro, que falou, sem citar nomes, que "não haverá mais interferências no governo" e que tem o apoio das Forças Armadas. Sobre a gravidade da crise da Covid-19, nenhuma palavra.
PACOTE DE SOCORRO
O Senado aprovou, no fim de semana, o pacote de socorro da União que destina 120 bilhões de reais para Estados e municípios. O texto que chegou da Câmara até as mãos do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, foi profundamente alterado em acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele previa o desembolso de 86,9 bilhões de reais para recompor as perdas de arrecadação. Guedes foi contra e, com Alcolumbre, costurou um novo projeto, que prevê o repasse de 60 bilhões de reais em transferência direta para as contas das Prefeituras e dos Estados e a suspensão de 60 bilhões de pagamentos de dívidas desses entes. A proposta, agora, volta
para a Câmara, onde a votação está prevista para esta semana.
MERCADO DE LUXO CHINÊS RENASCE
Após ser brutalmente atingida pelo novo coronavírus, a China ensaia o retorno à normalidade e um setor já demonstra não ter sido tão afetado pela crise: o de negócios de luxo. Como mostra reportagem de VEJA desta semana, os mais ricos do gigante asiático voltaram às compras com apetite. Apenas no dia da reabertura, uma única butique em Guangzhou faturou 2,7 milhões de dólares. Uma outra grife registrou, nas primeiras semanas de abril, vendas até 50% maiores em relação a 2019, após queda de 15% no primeiro trimestre. Um empresário da área destacou o "apetite" dos clientes após os meses de confinamento. Ao menos neste setor, o medo ficou para trás.
AMAZÔNIA TAMBÉM SOFRE
Aproveitando-se do momento em que o mundo está focado no combate à Covid-19, madeireiros e garimpeiros multiplicam ações criminosas na Amazônia. Reportagem de VEJA desta semana mostra que os alertas de áreas devastadas bateram recorde no 1º trimestre de 2020, com 796 km², o que representa um aumento de 51% em relação ao mesmo período de 2019, segundo o Inpe. Dados preliminares mostram que o ritmo subiu ainda mais em abril. Além disso, ações de fiscalização e autos de infração caíram, muito por causa das baixas sofridas pelo Ibama. O pior, no entanto, está por vir, de acordo com Carlos Souza Junior, do instituto Imazon: "A tendência é aumentar [o desmatamento] com as queimadas".
O SUMIÇO DAS CÉDULAS
Antes do início do surto de coronavírus, 70% das transações diárias eram realizadas com dinheiro vivo, isto é, notas e moedas. Mas isso deve mudar. Como mostra matéria de VEJA desta semana, a tendência é que o dinheiro em espécie se torne coisa do passado. Além da comodidade das compras on-line, pesquisas indicam que o coronavírus pode sobreviver até 24 horas no papel-moeda, o que faz o consumidor preferir o uso do cartão ou celular para realizar pagamentos. "A pandemia serviu para ressaltar a comodidade e a segurança do dinheiro eletrônico", diz o economista José Jardim. Também nos hábitos de consumo, o mundo não será o mesmo após a Covid-19.
Fonte: Redação de VEJA
CORONAVÍRUS | AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA PANDEMIA NO BRASIL
Revisados pela Zilton Fioravante Filho
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09:22
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