RESUMO DO DIA – EDIÇÃO DA MANHÃ | SEGUNDA-FEIRA, 20 DE ABRIL DE 2020
"NÃO QUEREMOS NEGOCIAR NADA", DIZ
BOLSONARO EM ATO QUE PEDIA AI-5
O presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) participou e discursou ontem da
manifestação que pedia o fechamento do Congresso e a volta da ditadura militar
no Brasil. "Não queremos negociar nada", afirmou Bolsonaro
em frente ao Quartel General do Exército em Brasília.
Apesar dos pedidos de volta da
ditadura, Bolsonaro disse que é preciso "manter a nossa democracia" e
a "nossa liberdade". Mais uma vez o presidente contrariou a
recomendação de isolamento social e do uso de máscaras ao sair de casa. O país registra 2.462 mortes por
covid-19.
Alvo de protestos, o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ironizou. "Ele joga pedras e o
Parlamento vai jogar flores", respondeu. "Temos de lutar
contra o coronavírus e o vírus do
autoritarismo".
O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso (PSDB) disse nas redes sociais que é "lamentável que o
presidente adira a manifestações antidemocráticas. O momento é de união ao
redor da Constituição contra toda ameaça à democracia. Ideal que deve unir
civis e militares; ricos e pobres. Juntos pela liberdade e pelo Brasil".
Os ministros do STF Luís Roberto Barroso
e Gilmar Mendes criticaram os atos. "Só pode desejar intervenção militar
quem perdeu a fé no futuro e sonha com um passado que nunca houve",
afirmou Barroso. Gilmar Mendes disse que "Invocar o AI-5 e a volta da
ditadura é rasgar o compromisso com a Constituição".
O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER
- Dados de celular mostram que cada vez menos
pessoas estão em casa no Brasil
- Covid-19 no Carnaval? Por enquanto, ciência
não tem qualquer indício disso
- Fronteiras fechadas fazem Europa sentir
falta de imigrantes nas colheitas
- Governo paga R$ 600 para 4,2 milhões de
inscritos em site ou app.
Fonte:
Eduardo Lucizano, do UOL
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