MRN REALIZA CAMPANHA DE COMBATE À COVID-19 NAS COMUNIDADES DE ORIXIMINÁ-PA
Iniciativa vem divulgando
informações em vários canais de comunicação, por meio de conteúdos objetivos e
de fácil entendimento. Empresa também fará distribuição de testes rápidos aos
hospitais municipais de Oriximiná e Terra Santa
A cena se repete diariamente. O
médico Joseraldo Furlan (foto acima), mais conhecido na região como Dr. Jô, navega quilômetros
de lancha pelo rio Trombetas para levar atendimento e medicamentos às
comunidades mais distantes da Mineração Rio do Norte, indústria de bauxita
localizada no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná, no Oeste do
Pará.
Dr. Jô coordena há dois anos o
Projeto Quilombo, iniciativa em operação há mais de 20 anos que faz parte do
Programa de Educação Socioambiental (PES) da MRN, com ações em cumprimento às
condicionantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama).
Em meio à pandemia da Covid-19,
a empresa ampliou suas ações preventivas às comunidades quilombolas e
ribeirinhas com uma grande campanha que leva informações por vários canais,
como WhatsApp, Mídias Sociais e rádio. Conteúdos com linguagem adaptada às
comunidades e alinhados às recomendações do Ministério da Saúde/OMS. São mais
de 4 mil pessoas de 16 comunidades quilombolas e duas comunidades ribeirinhas
beneficiadas pela campanha do Projeto Quilombo.
Entre os conteúdos mais vistos,
está a série de vídeos curtos “Pergunte ao Dr. Jô”, em que o médico responde as
dúvidas dos comunitários em entrevistas feitas por ele mesmo em suas viagens.
Questões sobre transmissão da doença, o porquê de se fazer uma boa higienização
das mãos e objetos de uso cotidiano, como redobrar os cuidados com os idosos e,
sobretudo, a importância do confinamento social.
“Nesse momento tão delicado, é
necessário fazer de tudo para se achatar a curva do pico da Covid-19 e, assim,
tentar reduzir ao máximo a contaminação na região. Não estamos sendo
alarmistas, mas é necessário esclarecer. Por isso, recomendamos que as pessoas
fiquem em suas comunidades e não ‘desçam’ para cidades vizinhas. Também é
fundamental proteger os idosos, afastando-os das crianças e das pessoas com sintomas
de gripe”, orienta.
Para Yanto Araújo, gerente de
Administração de Infraestrutura da MRN e coordenador do Comitê de Crise do
Plano de Contingência à Covid-19, é fundamental que a informação seja difundida
para que todos estejam unidos em um só movimento, que é o combate ao novo
coronavírus. “Desde o dia 15 de março, a empresa está empenhada nas medidas
preventivas para proteger os seus empregados diretos e terceirizados, moradores
do distrito de Porto Trombetas e comunidades. Para os comunitários, inclusive,
antecipamos as atividades do Projeto Quilombo e aumentamos os dias da atuação
na região. Tudo para combater a disseminação da Covid-19. Acreditamos que a
melhor forma de se fazer isso é disseminar informação clara, objetiva e em
consonância com as recomendações dos órgãos de saúde”, pontua.
Além das ações de campanha, a
Mineração Rio do Norte fez a aquisição de 1000 testes rápidos para diagnóstico
da Covid-19, sendo que parte deles serão distribuídos aos hospitais municipais
de Oriximiná e Terra Santa. A previsão de chegada dos kits é até o final da
primeira quinzena de abril.
Manoel "Bochecha" |
Quilombolas, ribeirinhos
e lideranças religiosas apoiam campanha
As comunidades e suas lideranças
também estão engajadas, contribuindo com a gravação de vídeos para, em
uníssono, transmitir um importante pedido: cuidem uns dos outros. “Precisamos
levar mais a sério as medidas preventivas contra o coronavírus. É necessário
que a gente tenha cuidado com os nossos idosos e coloquemos a higienização em
primeiro lugar, não só das mãos, mas das ferramentas que a gente usa no dia a
dia, como o cabo do remo e faca para cortar o peixe. Enfim, é preciso ter
consciência. Acreditamos no sucesso dessa ação, que também é apoiada pelas
associações quilombolas”, declara Manoel Siqueira, conhecido como “Manoel
Bochecha”, diretor administrativo da Associação do Território Alto Trombetas 2,
em Oriximiná.
Maria de Fátima Lopes,
professora e uma das líderes da comunidade ribeirinha Boa Nova, na região do
Lago Sapucuá, diz que a responsabilidade é de todos. “Peço a todos os moradores
que evitem viajar para as cidades, permaneçam em suas comunidades e viajem
apenas se for muito necessário enquanto tivermos em meio a essa pandemia de
coronavírus. Essa pandemia é coisa séria e já levou à morte muitas pessoas,
então cada um de nós tem o dever de fazer a prevenção e evitar que morram mais
pessoas. De que forma fazer isso? Ficando em casa, evitando reunir pessoas em
determinado lugar, se tiver, usar álcool em gel, senão usar água e sabão para
lavar as mãos. Só assim, estaremos cuidando de nós e das pessoas que amamos e
que não queremos perder”, afirma.
O pastor Emerson Penha, da
Igreja da Paz em Porto Trombetas, (foto ao lado ) afirma ser um soldado comprometido contra o
novo coronavírus. “Nosso adversário é um ser minúsculo que usa eu e você como
meio de transporte para infectar outras pessoas, então vamos evitar exposição e
aglomeração. Esse vírus não escolhe cor, raça, crença ou classe social. Esse
vírus mostra o quanto somos frágeis e não podemos subestimar as coisas
pequenas. E como você pode ajudar: tomando os cuidados necessários para fazer
parte desse exército. Esses cuidados podem salvar uma vida”, enfatiza.
A campanha de engajamento contra
à Covid-19 conta com o apoio das associações quilombolas e ribeirinhas,
Ministério Público do Estado do Pará, Universidade Federal Fluminense de
Oriximiná (UFF), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Outras informações sobre
o Projeto Quilombo:
● O Projeto Quilombo atende 14 ou
comunidades dos territórios quilombolas do Alto Trombetas 1 e 2 (sentido
nascente - foz do rio Trombetas, respectivamente), fornecendo medicina
preventiva com atendimento médico básico, que inclui exames, consultas médicas
e de enfermagem, vacinação e palestras informativas.
● Por meio deste projeto, também são
desenvolvidas iniciativas de combate à desnutrição para comunidades
descendentes de quilombolas no Alto Trombetas.
● O projeto tem apoio da Prefeitura
Municipal de Oriximiná, por meio da Secretaria de Saúde.
● Entre os resultados, em 2019: 2.095
atendimentos médicos; 8.988 atendimentos em enfermagem; 305 procedimentos
médicos; 4.024 exames laboratoriais, 1.090 doses de vacinas, 115.467
medicamentos fornecidos aos pacientes sem custo.
Fonte/Fotos: Fabiana Gomes
Analista de Comunicação |
Communication Analyst | Temple Comunicação
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