FIQUE EM CASA | PARÁ REGISTRA PRIMEIROS PACIENTES INTERNADOS COM A COVID-19 E REAFIRMA NECESSIDADE DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
O governador Helder Barbalho e o
secretário Alberto Beltrame (d) foram enfáticos na defesa do isolamento social
para prevenir o contágio pelo novo Coronavírus.
Ficar em casa. A importância da
medida, que vem ajudando a preservar vidas em todo o planeta diante da pandemia
de Covid-19, foi reiterada nesta quinta-feira (2), pelo governador do Pará,
Helder Barbalho, e pelo secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto
Beltrame, durante transmissão ao vivo, para o anúncio de ampliação do número de
casos da doença em território paraense. O último boletim epidemiológico,
fechado às 19 h desta quinta-feira, 02, registra 49 casos confirmados, 43 em análise,
952 descartados e um óbito.
Com o avanço dos casos, as novas
confirmações mostram uma mudança de cenário. Até agora, todos os casos positivos
(excluindo o óbito) se referiam a pacientes com quadro estável, em isolamento
domiciliar. Pela primeira vez, o boletim apontou pacientes que necessitam de
internação.
Seguindo o protocolo ético
adotado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), de preservar a
identidade dos infectados, a notícia foi confirmada, sem muitos detalhes, pelo
governador. “Hoje foram mais sete novos casos no nosso Estado. Temos quatro
pacientes internados, em observação médica”, disse Helder Barbalho.
Diante dos dados, e observando
que há uma circulação maior de pessoas na capital paraense, Helder Barbalho
chamou atenção para a obediência às orientações de isolamento social. “Eu
queria fazer um apelo, mais uma vez. Eu estou muito preocupado. Eu percebo uma
movimentação maior de pessoas nas ruas. Nós estamos vendo os números de casos
aumentarem. Assim, vamos nos expor ao contágio coletivo. Cada um tem que ter
consciência. Acho que estamos correndo um risco enorme. Eu entendo a
dificuldade das pessoas, mas é o que eu digo: sai, vai resolver o que tem que
resolver e volta logo para casa, não fica circulando por aí”, ressaltou.
Alberto Beltrame destacou o
esforço que o Estado vem fazendo com várias ações preventivas para proteger a
população, mas ressaltou que toda a sociedade precisa fazer sua parte. “Nosso
objetivo é diminuir o número de casos e fazer com que o pico de ascensão de
casos seja o mais baixo possível. Chegamos hoje ao número de 49, temos um óbito
e quatro pessoas estão internadas. O compromisso da Sespa é preservar a vida, e
para isso temos que manter a coerência. Preserve a sua vida, sua saúde, cuide
de si e ajude a proteger a sociedade como um todo”, reiterou o secretário de
Saúde Pública.
O governador e o titular da
Sespa lembraram que a maioria das pessoas infectadas não está nos grupos de
risco, e reafirmaram que este ainda não é o momento de suspender as medidas
restritivas. “Nós somos o Estado com menor incidência da doença no Brasil, e
isso não tem nada a ver com o clima, porque temos Estado aqui do lado com maior
número. Isso deve ter relação com as medidas que temos adotado”, frisou Alberto
Beltrame.
“A título de comparação, nós
temos 49 casos e o Amazonas está com 229, e lá tem menos da metade da nossa
população. Agora, porque temos 49, acham que é hora de voltar pra rua. Esse
número vai crescer se não tomarmos as precauções. E aí, ao invés de suspender
alguns serviços, nós vamos ser obrigados a fechar tudo, fazer igual São Paulo,
a quarentena integral”, enfatizou Helder Barbalho.
Hospitais de Campanha – Entre os
assuntos tratados no comunicado oficial, o governador informou sobre os prazos
de conclusão da montagem dos Hospitais de Campanha. Em Belém, no Hangar –
Centro de Convenções, a instalação está mais adiantada e deve terminar já no
dia 06 de abril. Em Marabá (na região sudeste), no dia 7; em Santarém (no
oeste), no dia 10, e em Breves (no Marajó), no dia 11. A partir daí iniciará a
etapa de seleção e treinamento das equipes de profissionais que ficarão sob a
gestão de organizações sociais de saúde.
Parcerias – O governador também
anunciou parcerias com a iniciativa privada para financiar ações de
enfrentamento à doença. A mineradora Hydro doou recursos financeiros,
depositados em uma conta única aberta pelo governo para receber doações. Helder
Barbalho ressaltou que a aplicação destes recursos está sendo acompanhada por
uma comissão composta por órgãos de controle e fiscalização, como Tribunal de
Contas do Estado (TCE) e Ministério Público, estadual e federal.
Suprimentos e insumos também
estão sendo doados ao Governo do Pará. Cerca de 30 mil litros de álcool 70º,
que representa 14.500 garrafas do produto, foram doados por uma usina de cana
de açúcar do Estado do Mato Grosso (MT). Outra empresa do Estado do Amazonas
doou 26 mil litros de álcool 70º.
Fonte/Foto: Mozart Lira/Bruno Cecim – Agência Pará
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