CORONAVÍRUS: PRINCIPAIS NOTÍCIAS


MANDETTA FALA A VEJA
"São sessenta dias nessa batalha. Isso cansa!" Assim Luiz Henrique Mandetta definiu a VEJA  o conturbado período em que coordenou a resposta do Ministério da Saúde à pandemia do coronavírus. O motivo do cansaço? "Você vai, conversa, parece que está tudo acertado e, em seguida, o camarada muda o discurso de novo. Já chega, né?" O camarada, claro, é Jair Bolsonaro. O presidente discorda da condução técnica do ainda titular da Saúde na crise – de apoio ao isolamento social e cautela em relação à cloroquina. Apesar do tom de despedida, Mandetta segue no cargo enquanto o Planalto busca um substituto. Alheia aos conflitos políticos, a Covid-19 continua avançando no Brasil.
 

SUBSTITUTO INDEFINIDO
Bolsonaro tem tido dificuldades para encontrar um nome de destaque que aceite ser o novo ministro da Saúde. Três opções, os médicos Claudio Lottenberg, Nise Yamaguchi e Ludhmila Abrahão Hajjar, já foram descartadas pelo governo. Outro nome cotado, o secretário João Gabbardo indicou na quarta-feira que sairá do ministério junto com Mandetta. Resta o deputado federal e ex-ministro da Cidadania Osmar Terra, que tem sido um militante ativo nas redes sociais contra a adoção do isolamento social. Aliado político do presidente, ele recebeu o importante apoio dos filhos do governante, mas é visto com desconfiança pela ala militar. E agora, Bolsonaro?

'ORÇAMENTO DE GUERRA'
Após longa negociação, o Senado aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do 'Orçamento de Guerra' em primeiro turno. O projeto, na prática, cria um caixa paralelo para organizar os recursos levantados de forma emergencial nas ações de mitigação dos efeitos da pandemia. O ponto principal da proposta envolve conceder poderes maiores ao Banco Central, dando a possibilidade de que a instituição compre títulos de empresas privadas para, indiretamente, financiar o Tesouro Nacional. Essa é mais uma tentativa dos parlamentares de organizar as finanças e os montantes para o combate à doença e a manutenção de empregos. Por se tratar de PEC, é necessária mais uma votação, marcada para sexta.

MESES DE INCERTEZA
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, José Henrique Germann fez uma previsão preocupante. Segundo ele, com o atual grau de isolamento, o estado não terá mais leitos de UTI disponíveis já no mês de maio. As vagas que ainda serão entregues, como a dos hospitais de campanha em construção, devem lotar em julho. Região mais atingida pelo coronavírus, São Paulo tem 11.043 casos e 778 mortes. Até quarta-feira eram mais de 2.200 pacientes com Covid-19 internados, sendo 1.132 na terapia intensiva. No país, os números também sobem. Foram 204 novos óbitos e o recorde de 3.058 casos confirmados  na quarta-feira. O total no Brasil passou para 1.736 vítimas fatais e 29.320 infecções. 

O PLANO ALEMÃO
Quarto país com mais casos de coronavírus no mundo, com 134.000 diagnósticos positivos e 3.800 mortes, a Alemanha planeja flexibilizar as medidas de bloqueio . Com 10.000 leitos de UTI ainda disponíveis, o país deve reabrir lojas na próxima semana e as aulas devem voltar gradativamente a partir de 4 de maio. Festivais e eventos públicos, como torneios esportivos, entretanto, seguem suspensos até o fim de agosto e o distanciamento social será mantido. Do outro lado do mundo, bons exemplos: a primeira-ministra Nova Zelândia, Jacinda Ardern, decidiu cortar em 20% o próprio salário  como forma de mostrar solidariedade aos cidadãos. O país, que adotou cedo a quarentena, tem 1.401 casos e nove mortes.

Fonte: Redação de VEJA

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