CORONAVÍRUS | AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA PANDEMIA NO BRASIL


Até o momento, a pandemia do novo coronavírus já deixou 183.820 mortos e 2.639.243 contaminados no mundo e 2.906 mortos e 45.757 contaminados no Brasil.

A CURVA ESTÁ ACHATANDO?
Os dados mais recentes de casos e mortes pelo novo coronavírus no Brasil indicam que a curva foi achatada? Especialistas ouvidos por VEJA acreditam que, embora não seja possível uma conclusão definitiva, é provável que sim. Mesmo levando em conta a subnotificação, eles destacam a queda na curva de síndrome respiratória aguda grave. "Reflete a diminuição na taxa de contágio, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro", diz Julio Croda, da Fiocruz. O infectologista Bruno Scarpellini, porém, alerta: "Aparentemente estamos melhor do que outros. Mas já vimos países que afrouxaram a conduta e tiveram disparada de casos, como Suécia, Japão e Coreia do Sul". Ou seja, não é hora de relaxar. 

CALAMIDADE NO NORTE
Após o dramático relato do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, sobre o impacto da Covid-19 na capital amazonense – a epidemia colocou a cidade em estado de calamidade, a média de sepultamentos diários subiu de 30 para mais de 100 e já não há leitos suficientes para atender os pacientes –, o governador do Pará, Hélder Barbalho, alertou para o risco de Belém estar no mesmo caminho. O estado já tem 91% dos leitos de UTI ocupados e, segundo o político, há prontos-socorros "não mais recebendo pacientes". Pensando nisso, o governo estadual lançou a campanha "fique em casa". De acordo com o Ministério da Saúde, o Amazonas tem 2.479 casos e 207 mortes e o Pará, 1.195 diagnósticos positivos e 43 óbitos.

O 'PLANO MARSHALL' DO GOVERNO
Com a coordenação do ministro da Casa Civil, general Braga Netto, o projeto do governo de resgate econômico após o pico da pandemia faz lembrar o Plano Marshall, pós-II Guerra Mundial. Segundo o primeiro rascunho, ao qual VEJA teve acesso , o governo acredita que o investimento público em infraestrutura é uma das formas de retomar o crescimento. A estratégia desenvolvimentista vai contra a filosofia liberal de Paulo Guedes. O ministro da Economia acredita que o caminho da reabilitação passa por privatizações. Entre os dois projetos, Bolsonaro parece já ter feito sua escolha. É o fim da hegemonia do Posto Ipiranga na política econômica?

ESTRATÉGIAS DE ABERTURA
São Paulo, estado mais atingido pelo novo coronavírus (15.914 casos e 1.134 mortes), começa a planejar a abertura gradual da economia, que será feita a partir de 11 de maio. O governador João Doria afirmou que o fim da quarentena vai levar em conta "situações locais", com base em "saúde, medicina e ciência". Em entrevista a VEJA, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, detalhou os planos de flexibilização do isolamento no estado, que tem 1.283 casos e 47 óbitos até o momento. Os prefeitos terão a palavra final. Em âmbito nacional, o ministro da Saúde, Nelson Teich, revelou que lançará uma diretriz customizada para ajudar os estados a guiarem suas medidas de isolamento.

CORRIDA PELA VACINA
A Alemanha autorizou os primeiros testes em humanos de uma possível vacina contra o novo coronavírus. Ainda não há uma data para o início da pesquisa, mas já se sabe que 200 voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos, devem participar da primeira etapa, que durará de três a cinco meses. Além da empresa alemã, outras quase 80 instituições estudam, desde o início de abril, possíveis imunizações contra o vírus e cinco já realizam testes em pessoas – a sexta virá do Reino Unido, que começa os testes nesta quinta-feira. Na corrida pela vacina contra a Covid-19, a torcida é por todos.

Fonte: Redação de VEJA

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