BRASIL | VISANDO 2022, GOVERNANTES DIVERGEM SOBRE VÍRUS ENQUANTO PANDEMIA CRESCE NO BRASIL
A cartada é alta. Os políticos utilizam o
sofrimento global para abraçarem causas que não acreditam, mas acabam o
colocando em evidência e no contraponto de seus adversários
Entender o que se passa na cabeça de um
governante não é tarefa fácil. No entanto, compreender a singularidade do atual
dirigente brasileiro é complexo principalmente porque exara sinais discordantes
entre a fala e as ações que faz no cotidiano, bem como estabelece resistência
aos técnicos de seu governo e aos demais poderes e níveis de governo.
Este confronto tem basicamente duas posições
claras que estão postas à sociedade brasileira: há os que seguem o discurso do
ainda ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que preconiza o distanciamento
social como forma de evitar a propagação do novo coronavírus nas grandes
cidades, em especial que formam as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de
Janeiro, Manaus e Fortaleza e, o Distrito Federal e as cidades do entorno. Para
estes, o meio eficaz é do permanecer em casa com a paralisação de atividades
não essenciais como forma de proteger a saúde coletiva.
Já para os apoiadores do presidente da
República, a pandemia é um problema menor, circunscrito a regiões definidas e
que o seu controle não impede a volta do funcionamento regular da atividade
econômica, aplicando-se o isolamento vertical, que é focado nos grupos de
risco, notadamente aos idosos com mais de 60 anos e os cidadãos que apresentem
comorbidades.
A resistência de aliados de Bolsonaro em
seguir diretrizes do Ministério da Saúde, consignadas pela Organização Mundial
da Saúde visa ressaltar medidas de higiene e sugerir o distanciamento social.
Esta repercussão não colabora com o esforço de contenção da proliferação do
vírus, deixando a população confusa em qual discurso deve seguir.
Fonte/Foto:
Rogério do Nascimento Carvalho – Opera Mundi/Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário