MEIO AMBIENTE | MORO AUTORIZA USO DA FORÇA NACIONAL EM AÇÕES DE APOIO AO DESMATAMENTO ILEGAL NO PARÁ
O ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sergio Moro (foto), autorizou o uso até o final deste ano de
policiais da Força Nacional de Segurança Pública nas ações de apoio realizadas
por servidores do Ibama de combate ao desmatamento ilegal da floresta Amazônica
no Estado do Pará, de acordo com portaria publicada nesta segunda-feira.
As ações, conforme a portaria,
vão ocorrer nos locais de alertas de desmatamento identificados pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em "atividades e serviços
imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio".
A operação terá o apoio
logístico do Ibama, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força
Nacional. A ação poderá ser prorrogada, caso o instituto faça a solicitação.
No ano passado, o Pará foi um
dos Estados mais castigados com as queimadas ilegais no país. O Ministério
Público Federal chegou a abrir uma investigação para apurar se houve uma
diminuição de fiscalização ambiental na região, por supostamente a Polícia
Militar do Estado não ter dado apoio às equipes de fiscalização.
Procuradores da República em
Santarém, Itaituba, Altamira e Belém, cidades do Estado, apuram a relação entre
a redução da fiscalização ambiental e o crescimento, registrado em dados
oficiais do Inpe, de 50% no desmatamento e de 70% nas queimadas. Autoridades
estaduais negaram ter reduzido o efetivo policial nessas ações.
Outra ocorrência sob apuração do
MPF foi uma notícia, veiculada em um jornal local, de que houve uma convocação
de fazendeiros para promover o "Dia do Fogo", que teria por objetivo
promover queimadas ilegais na floresta.
Em julho passado, o presidente
Jair Bolsonaro chegou a questionar a precisão dos dados do Inpe, fazendo
críticas públicas a informações que prejudicariam a imagem do Brasil no
exterior. Esse episódio culminou na queda do então diretor do instituto,
Ricardo Galvão.
Fonte/Foto: REUTERS - Ricardo Brito/Leco Viana - Estadão Conteúdo
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