UFPA E MDR LANÇAM PROGRAMA PARA SUPERAR CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NA AMAZÔNIA LEGAL
Vista aérea de Belém-PA, que sediará o debate |
O evento debaterá novas visões sobre as áreas de ocupação
social que auxiliem na implementação da regularização fundiária urbana nos nove
estados, além de combater os rótulos que reforçam a exclusão e estigmas da
irregularidade da terra urbana na Amazônia. Para servir de projeto piloto de
assistência técnica em regularização fundiária e prevenção de conflitos
socioambientais, habitacionais e sanitários, foram selecionados pelas
instituições federais 52 municípios, 78 glebas, 152.852 domicílios envolvendo
mais de 530 mil famílias (veja tabela abaixo), que estão localizadas em mais de
13 mil hectares na região amazônica.
Foram criados três polos para o gerenciamento das ações que
envolverão os gestores das universidades federais públicas, privadas, governos
estaduais, municipais, associações de municípios localizadas na região
Amazônica, bem como da SPU. A meta é estruturar nove núcleos estaduais de
agentes multiplicadores, formados por docentes e discentes de cerca de 20
universidades e técnicos vinculados aos respectivos governos estaduais. O Polo 1 é formado pelos Estados do Pará e
Amapá. O Polo 2, Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. O Polo 3, Mato Grosso,
Tocantins e Maranhão.
André Montenegro, coordenador Geral dos Projetos da Comissão
de Regularização Fundiária (CRF-UFPA), assinala que, na medida em que a
população cresce e a sociedade se desenvolve, os conflitos se tornam mais
frequentes e complexos na relação entre o poder público, as forças econômicas
que interagem na construção das cidades e a sociedade civil. Segundo ele, em
1920, o Brasil possuía 70% de população no campo. Em 2015, 83% da população
estavam nas cidades e, até 2030, aproximadamente 90% da população estarão nas
cidades. Nos 13 anos de existência da
Comissão, segundo ele, a UFPA aprendeu, construiu e compartilhou conhecimentos,
por meio do ensino, pesquisa e extensão, que extrapolaram os muros da academia
gerando um olhar multidisciplinar sobre a gestão patrimonial e a importância de
regularizar os lotes, as casas, as ruas, as quadras, as vilas e os bairros em diversas
cidades para garantir direito à moradia para as famílias na Amazônia Legal. É
esta experiência e olhar o acadêmico, social, cultural, humano e estruturante
sobre as cidades amazônicas que debateremos no III Encontro de Regularização
Fundiária da Região Norte”, finaliza André Montenegro.
Vista aérea da baía de Guajará, em Belém. |
Fonte/Fotos: Kid Reis - Ascom - CRF-UFPA
-/Arquivo CRF-UFPA.
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