BR-163 É CORREDOR BILIONÁRIO QUE AUMENTA PIB BRASILEIRO
Estratégica, rodovia é ponto chave para integrar safras
recordes de Mato Grosso com portos de exportações ao Norte
A rodovia BR-163 não é simplesmente uma estrada que
finalmente foi concluída 43 anos depois de sua inauguração. Pelos seus 3579 km
de extensão entre Tenente Portela (RS) e Santarém (PA), estende-se um eixo onde
se viabilizam negócios entre mercados produtores e consumidores nacionais e
estrangeiros. O que surgirá, com a conclusão das obras, em dezembro, é a finalização de um dos mais potentes corredores
estratégicos de desenvolvimento do País.
Em pleno funcionamento, a BR-163 aumentará a capacidade de escoamento
de grãos pelas nove rotas, detalhadas pelo relatório de Corredores Logísticos
Estratégicos, publicado em 2017 pelo Departamento de Política e Planejamento
Integrado. Hoje, menos da metade da safra gigante do Mato Grosso escoa pelos
portos do Arco Norte, que, juntos, têm capacidade de absorver 70 milhões de
toneladas de grãos.
Numa safra que só cresce e impacta positivamente o Produto
Interno Bruto (PIB), o gargalo dos portos e estradas é o freio para retomada de
crescimento. Não à-toa, o Ministério da Infraestrutura tem como metas
estratégicas as ações nos portos do Arco Norte e na finalização da BR-163.
“Vamos entregar em 2022 uma infraestrutura muito melhor do que recebemos”,
anuncia o ministro Tarcísio Gomes de Freitas.
Disposto a desatar o nó do escoamento pela região Norte, o
ministro trabalha em pleno diálogo com diversos setores. “Buscamos soluções
adequadas para atender as principais demandas dos portos, das rodovias e das
ferrovias, para que sejam solucionadas durante meu mandato.”
CHEIRO DE SAFRA RECORDE
A projeção para safra 2019/2020 exige essa ação forte do
Executivo. A expectativa é de que Mato Grosso possa colher uma safra recorde de
grãos. De acordo com os primeiros dados divulgados pela Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), o estado poderá colher 67,96 milhões de toneladas,
projetando 0,9% acima do recorde atual, 67,37 milhões toneladas.
Hoje, o maior produtor de grãos e fibras do Brasil pelo nono
ano consecutivo, Mato Grosso é responsável pela produção de 60% de toda a soja
e milho cultivados no Brasil. Porém, apenas 26% dessa produção é escoada pela
BR-163. A maior parte segue para os portos de Santos-SP e Paranaguá-PR, com
fretes mais caros já que as rotas ultrapassam os 1000 quilômetros, distância
indicada para que um caminhão não dê prejuízo no transporte de carga.
A projeção é de que, com a finalização da BR-163, os custos
combinados de transportes (terrestre e hidroviário) caiam em 40%, já que muitos
produtores de Mato Grosso deixarão de seguir para os distantes portos de Santos
(SP) e Paranaguá (PR).
A preferência pelo porto de Miritituba (PA) em comparação aos
portos das regiões Sudeste e Sul ocorre porque os grãos chegam em Santarém
carregados em barcaças, o que facilita a logística de transporte para os
consumidores externos, como China e Europa, pois as operações são realizadas no
interior do porto.
SONHOS AO NORTE
As expectativas da potencialização desses corredores lógicos
que cruzam a BR-163 alimentam os projetos de desenvolvimento da Prefeitura de
Sorriso (MT). A projeção é de que os investimentos cresçam nos arredores. “Com
a saída de produtos, a industrialização será um fator predominante para nossa
região. Não é só agronegócio que se beneficiará dessa rodovia, mas também a
indústria, o comércio e outras cadeias produtivas”, comemora o prefeito Ari
Lafin.
Fonte/Fotos: Repórter Brasil61/Rota Oeste -
Divulgação






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