PARINTINS-AM CHEGA AOS 167 ANOS RECONHECIDA MUNDIALMENTE



O município de Parintins, como quase todos os demais municípios brasileiros, foi, primitivamente, habitado por indígenas
Parintins é um município brasileiro no interior do estado do Amazonas. Pertence à mesorregião do Centro Amazonense e microrregião de mesmo nome, localizando-se no extremo leste do estado, distando cerca de 369 quilômetros da capital Manaus. Sua população foi estimada em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 113 832 habitantes, sendo o segundo município mais populoso do estado do Amazonas. Sua área é de 5 952 km², representando 0,3789% do estado do Amazonas, 0,1545% da região Norte brasileira e 0,0701% do território brasileiro[9] Desse total 12,4235 km² estão em perímetro urbano.[10]
As primeiras viagens exploratórias da Coroa Portuguesa em Parintins foram registradas somente em 1796. Assim como as demais localidades da Amazônia, a região era habitada por diversas etnias indígenas, entre eles os Tupinambás, que deram origem ao nome da ilha em que se encontra o município, a ilha Tupinambarana. O primeiro nome recebido por Parintins, já na categoria de freguesia, foi Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana, em 1833. O nome da Freguesia só foi alterado em 1880, quando a sede passou a chamar-se “Parintins”, em homenagem aos povos indígenas parintintins, um dos inúmeros que habitavam a região.
O município é conhecido principalmente por sediar o Festival Folclórico de Parintins, uma das maiores manifestações culturais preservadas da América Latina. Localiza-se à margem direita do rio Amazonas. A vegetação, típica da região amazônica, é formada por florestas de várzea e de terra firme, tendo, ao seu redor, um relevo composto por lagos, ilhotes e uma pequena serra. A principal forma de transporte entre Parintins e os demais municípios é o fluvial, além do aéreo.
O município de Parintins, como quase todos os demais municípios brasileiros, foi, primitivamente, habitado por indígenas. Sua descoberta ocorreu em 1749, quando, descendo o rio Amazonas, o explorador José Gonçalves da Fonseca notou uma ilha que, por sua extensão, se sobressaía das outras localizadas à direita do grande rio.
A fundação da localidade só foi realizada em 1796, por José Pedro Cordovil, que veio com seus escravos e agregados para se dedicar à pesca do pirarucu e à agricultura, chamando-a Tupinambarana. A rainha D. Maria I deu-lhe a ilha de presente. Ali instalado, fundou uma fazenda de cacau, dedicando-se à cultura desse produto em grande escala. Ao sair dali, algum tempo depois, ofertou a ilha à rainha. Tupinambarana foi aceita e elevada à missão religiosa, em 1803, pelo capitão–mor do Pará, o Conde dos Arcos, que incumbiu sua direção ao frei José das Chagas, recebendo a denominação de Vila Nova da Rainha.
A eficiente atuação de frei José provocou um surto de progresso e desenvolvimento na localidade, mediante a organização da comarca do Alto Amazonas. Em 25 de junho de 1833, pelo decreto-lei nº 28, passa à freguesia, com o nome de Freguesia de Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana. Era ainda Tupinambarana simples freguesia quando iniciou a revolução dos Cabanos no Pará, e se alastrou por toda a província. O seu vigário, padre Torquato Antônio de Souza, teve atuação destacada durante a sedição, servindo de delegado dos legalistas no Baixo Amazonas. Tupinambarana, talvez porque estivesse bem defendida, foi poupada aos ataques dos Cabanos.
Em 24 de outubro de 1848, pela lei provincial do Pará nº 146, elevou a freguesia à categoria de vila, com a denominação de Vila Bela da Imperatriz, e constituiu o município até então ligado a Maués. Em 15 de outubro de 1852, pela lei nº 02, foi confirmada a criação do município. Em 14 de março de 1853, deu-se a instalação do município de Parintins. Em 24 de agosto de 1858 foi criada pela lei provincial a comarca, compreendendo os termos judiciários de Vila Bela da Imperatriz e Vila Nova da Conceição. Em 30 de outubro de 1880, pela lei provincial nº 499, a sede do município recebeu foros de município e passou a denominar-se Parintins. Em 1881 foi desmembrado do município de Parintins o território que constituiu o município de Vila Nova de Barreirinha.
A divisão administrativa de 1911, figurou o município com quatro distritos: Parintins, Paraná de Ramos, Jamundá e Xibuí. Em 1933, aparece no quadro da divisão administrativa com um distrito apenas – o de Parintins. Em 1 de dezembro de 1938, pelo decreto-lei estadual nº 176, é criado o distrito da Ilha das Cotias, passando assim o município a constituir-se de dois distritos: Parintins e Ilha das Cotias.
Em 24 de agosto de 1952, pela lei estadual nº 226, a comarca de Parintins perdeu os termos judiciários de Barreirinha e Urucará, que foram transformados em comarcas. Em 19 de dezembro de 1956, pela lei estadual nº 96, foi desmembrado do município de Parintins o distrito da Ilha das Cotias, que passou a constituir o município de Nhamundá. A partir de 10 de dezembro de 1981, pela emenda constitucional nº 12, o território de Parintins é acrescido do distrito de Mocambo.
Parintins faz parte do maior sistema fluvial do mundo, a Bacia Amazônica. O Rio Amazonas é o maior rio em volume de água do mundo com um deflúvio médio anual estimado em 250,00 m³/s. No trecho compreendido entre a foz do Rio Nhamundá e Parintins a sua largura é de aproximadamente 50 km. O grande rio representa a via de escoamento e abastecimento, a grande estrada hídrica que liga Parintins a capital do Estado do Amazonas e ao Oceano Atlântico.
Os rios mais importantes são: o Paraná do Ramos, o Paraná do Espírito Santo, o Paraná do Limão, Rio Uiacurapá, O Rio Mamurú, o Lago do Macuricanã, o Lago do Aninga, o Lago do Parananema, o Lago do Macurani e a Lagoa da Francesa, estes quatro últimos de vital importância quanto a sua preservação, uma vez que banham a sede municipal e estão mais suscetíveis a degradação e poluição.
Parintins é uma cidade marcada pelos traços culturais, políticos e econômicos herdados dos portugueses, espanhóis, italianos e também dos japoneses, tendo em vista que a cidade possuiu uma relevante colônia destes imigrantes. Não se pode esquecer a importância dos ameríndios no quesito contribuição étnica. Foram os ameríndios que iniciaram a ocupação humana na Amazônia e seus descendentes caboclos desenvolveram-se em contato íntimo com o meio ambiente, adaptando-se às peculiaridades regionais e oportunidades oferecidas pela floresta.
Na sua formação histórica, a demografia da cidade é o resultado da miscigenação das três etnias básicas que compõem a população brasileira: o índio, o europeu e o negro, formando assim, os mestiços da região (caboclos) Mais tarde, com a chegada dos imigrantes, especialmente japoneses, formou-se um caldo de cultura singular, que caracteriza a população da cidade, seus valores e modo de vida.


A administração pública de Parintins é exercida pelo poder executivo e pelo poder legislativo.[28] O atual prefeito do município é o ex-deputado estadual Frank Luiz da Cunha Garcia, conhecido como Bi Garcia (foto acima), do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Garcia exerce o cargo de prefeito do município pela terceira vez, tendo exercido outras vezes nos períodos compreendidos entre 1 de janeiro de 2005 a 1 de janeiro de 2009 e 1 de janeiro de 2009 a 1 de janeiro de 2013. Foi eleito para o atual mandato em 2 de outubro de 2016 com 30.970 votos, correspondentes a 63,30% dos votos válidos, o que lhe tornou o prefeito eleito com a votação mais expressiva da história do município, e tomou posse do cargo em 1 de janeiro de 2017, para exercer mandato com término em 1 de janeiro de 2021. O poder executivo é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal do Brasil.
O poder legislativo é representado pela câmara municipal, composta por 11 vereadores eleitos para cargos de quatro anos, seis aquém do limite máximo de vereadores permitido pela Constituição Federal para municípios do porte de Parintins (mais de 80 mil até 120 mil habitantes) . A câmara é responsável por elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias). A câmara municipal está composta da seguinte forma: duas cadeiras do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB); duas cadeiras do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); uma cadeira do Partido Republicano da Ordem Social (PROS); uma cadeira do Partido Social Democrático (PSD); uma cadeira do Partido Trabalhista Nacional (PTN); uma cadeira do Partido Social Liberal (PSL); uma cadeira do Partido Republicano Brasileiro (PRB); uma cadeira do Partido da República (PR) e uma cadeira do Partido Ecológico Nacional (PEN).
De acordo com o TRE–AM (Tribunal Regional Eleitoral), o município possuía em 2016 cerca de 64.046 eleitores, o que corresponde ao segundo maior colégio eleitoral do estado do Amazonas, ficando apenas atrás do colégio eleitoral da capital, Manaus.
Festas populares
O Festival Folclórico de Parintins é o mais popular do município e uma das maiores manifestações culturais do Brasil.
Festa de Soltura de Quelônios (janeiro)
Encenação da Paixão de Cristo (abril)
Temporada de Festas e Ensaios dos Bois Bumbás – Caprichoso e Garantido (abril a junho)
Festival Folclórico e Festival de Quadrilhas – Comunidade do Zé Açu – 12 a 30 de junho
Festival Folclórico de Parintins(acontece no último final de semana do mês de junho)
Festa de Nossa Senhora do Carmo – Padroeira do Município (6 a 16 de julho)
Festival de Pesca do Peixe Liso – Comunidade do Paraná do Espírito Santo (agosto)
Festival de Verão do Uaicupará (setembro)
Festival de Verão do Cabury (setembro)
Festival Folclórico (junho)
Campanha “Jesus, Água da Vida” (junho)
Festival de Música Sacra – Femusa (setembro)
Festival do Beijú – Agrovila do Mocambo (setembro)
Aniversário de Fundação do Município de Parintins (15 de outubro) com o Festival de Toadas (13, 14 e 15 de outubro)
Festival de Pastorinhas (23 de dezembro)
Carnailha (carnaval) – fevereiro
Festa do Jaraqui – Vila Amazônia

Fonte/Fotos: (pt.wikipedia.org/wiki/Parintins)/Paulo Sicsu e Athayde Tenório

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