RESUMO DO DIA - EDIÇÃO DA MANHÃ | TERÇA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2019



E-MAILS MOSTRAM QUE LAMIA E SEGURADORA SABIAM DE PROIBIÇÕES EM VOO DA CHAPE

E-mails que estão numa série de documentos disponibilizados ao Senado Federal e obtidos com exclusividade pelo UOL acrescentam um novo elemento na investigação do acidente aéreo do voo que transportava a Chapecoense, em que morreram 71 pessoas em novembro de 2016. Os documentos mostram que tanto a companhia aérea proprietária da companhia aérea LaMia, a venezuelana Loredana Albacete, quanto o corretor de seguros da AON, o britânico Simon Kaye, sabiam das limitações para a operação e foram ignorados pela empresa boliviana.
Um dos exemplos é a proibição para que voos fretados sobrevoassem o espaço aéreo da Colômbia. Além disso, as mensagens trocadas indicam favorecimentos políticos, desdém com a tripulação e um contato próximo com "aquela que cuida dos clubes de futebol".
A empresa britânica usa a proibição de voos fretados para aquele país como um dos argumentos para recusar o pagamento de indenizações às famílias das das vítimas, que até hoje não receberam nenhuma compensação financeira devido ao acidente.
Vazamento de mensagens
Outro destaque de hoje são novas revelações trazidas pelas mensagens obtidas pelo site The Intercept e analisadas pelo UOL. Diálogos entre procuradores da Operação Lava Jato mostram que eles optaram por não dar prosseguimento a uma denúncia de manipulação de escolha do relator do processo de cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, mesmo considerando-a importante. O relato da suposta fraude foi feito pelo próprio ex-deputado ao propor delação premiada e que não foi aceita pelo MPF.
A rejeição à denúncia de Cunha se deu porque ele não tratou de outras pessoas e fatos de interesse do Ministério Público. Eles queriam informações e acusações sobre Carlos Marun, ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer, autoridades do Judiciário do Rio de Janeiro, fatos de suposta compra de votos para a eleição à Presidência da Câmara e repasses de dinheiro feitos pelo lobista Júlio Camargo e pelo empresário Joesley Batista, da JBS.

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Fonte/Foto: Thiago Fernandes, do UOL



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