RESUMO DO DIA - EDIÇÃO DA MANHÃ | QUINTA-FEIRA, 11 DE JULHO DE 2019

PREVIDÊNCIA AVANÇA, MAS SISTEMA PARA SERVIDORES PRESERVA DESIGUALDADES

A Câmara aprovou ontem, em primeiro turno, o texto principal da reforma da Previdência. O placar foi de 379 votos a favor e 131 contra, sendo que 19 votos a favor vieram da oposição. Eram necessários pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados) para aprovar o texto. Veja como votou cada deputado.

Entre os destaques estão a adoção, para todos os trabalhadores, de uma idade mínima para se aposentar, em paralelo ao fim da aposentadoria por tempo de contribuição. Outra mudança foi a instituição de um cálculo único para aposentadorias. Seu efeito: uma redução do valor médio do benefício de forma generalizada para quem ganha acima do salário mínimo.

Segundo especialistas, criou-se um sistema mais brando para servidores, que preserva desigualdades. Em sua análise, o colunista Josias de Souza pontuou ganhadores e perdedores da votação -- e, entre o último grupo, estão os trabalhadores do regime geral.

Para entender melhor, saiba quais são os 10 pontos do texto-base da Câmara que mudam a Previdência.

O projeto ainda poderá ser modificado porque os deputados votarão os destaques, que precisam ter, também, 308 votos para conseguir mudar o projeto.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, conversou com o blog do Tales Faria logo após a aprovação e soube que o governo espera que a reforma comece a tramitar no Senado já na semana que vem e esteja em condições de ser definitivamente promulgada "entre 5 e 15 de setembro".

A votação opôs parlamentares e direções partidárias, abrindo caminho para expulsões de dissidentes. Ao menos três siglas que fecharam questão sobre o tema (PDT, PSB e PSDB) terão que lidar com insurgências internas -- a mais famosa, até o momento, envolveu a novata Tabata Amaral (PDT-SP). Ela foi ameaçada de expulsão por votar a favor da reforma da Previdência.

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Fonte/Foto: UOL/Luis Macedo