FLIP 2019 | ESCRITORES AMAZONENSES PARTICIPAM DA FEIRA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PARATY-RJ
Evento vai até domingo, em cidade do interior do Rio, e propõe reflexão
sobre a obra de Euclides da Cunha
Dois
talentos amazonenses vão marcar presença na 17ª edição da Festa Literária
Internacional de Paraty (Flip), no interior do Rio de Janeiro, que começa nesta
quarta (10) e vai até domingo (14). Um desses talentos é o escritor Elpídio
Nunes, que tem quase 40 anos de paixão e dedicação à literatura. Durante a
Flip, ele lançará sua sexta obra, “Lúcidos Delírios”, reunião de 35 poemas,
entre eles “A Palavra Escorpião”, que ficou em primeiro lugar no concurso da
Academia Literária Internacional (Alpas 21).Em seu novo livro, o autor
dedica-se a encontrar a melhor forma de revelar a poesia ao leitor, com uma
escrita fluida e limpa, carregada de provocações e reflexões sobre a arte
literária e o fazer poético. Numa sociedade cada vez mais dependente das
tecnologias, em que os laços com a literatura se fragilizam a todo instante,
Nunes busca apresentar uma poesia prazerosa para ser lida e que prenda a atenção
a cada estrofe, construindo o elo vida-poesia.
“‘Lúcidos
Delírios’ é um livro que tem uma proposta literária de abordar temas do nosso
cotidiano que nos afetam como seres humanos, como o amor, ódio, esperança,
desespero, tristeza, alegria. A ideia é poetizar esses sentimentos, fazendo uma
abordagem em relação ao convívio social, mas também mostrando a capacidade de
reconstrução, adaptação, transformação e a capacidade de sonhar por algo
melhor”, destaca Nunes.
O
poema “A Palavra Escorpião” também faz parte da Coletânea Internacional Paraty
Alpas 21, composta por poesias, contos e romances, que será lançado na Câmara
Municipal de Paraty, no sábado (13). Já o livro “Lúcidos Delírios” terá
lançamento e sessão de autógrafos em Manaus no dia 30 deste mês.
Para crianças
Outra
amazonense que estará na Flip é a jovem escritora Beatriz Guimarães, de 18
anos. No dia 13, ela é uma das convidadas do bate-papo “Criança escrevendo para
crianças”, realizado pelo Sesc no Areal do Pontal. A autora vai dividir com o público
como foi o processo de produção do seu primeiro livro, quando ainda tinha oito
anos, e os desafios de começar a escrever obras literárias tão cedo.
Beatriz
conta que começou a despertar para a literatura quando conheceu o poema “Meus
oito anos”, de Casimiro de Abreu, autor da segunda geração do Romantismo
brasileiro. “Eu me apaixonei por essa obra e decorei por completo. Foi quando
minha mãe deu a ideia para eu começar a escrever meus próprios poemas. Até que
chegou um momento em que eu tinha uma quantidade grande de produções e
decidimos reunir tudo num livro”, lembra.
A
estreia de Beatriz foi aos 10 anos com o livro “Coisas da Tiz”, que trouxe uma
série de poemas sobre “coisas de criança”, como ela define: cores, sorvete,
etc. A obra incluiu ainda uma história sobre uma indiazinha que tem um macaco
de estimação. “É um livro sobre como a criança vê o mundo e consegue transmitir
o que ela observa”, explica a escritora.
O
segundo livro veio aos 12 anos – com versões em português, inglês e espanhol, “Mundo
Imaginário da Beatriz” traz poemas mais maduros e revelam o desenvolvimento da
escrita da amazonense. “Eu já tinha uma visão de mundo e uma percepção
diferentes em relação ao ponto de vista de uma criança”.
Para
as crianças e jovens que desejam seguir no caminho da escrita, ela aconselha:
“Sigam seus sonhos e escrevam sobre o que tiverem vontade, inclusive lendo tudo
que acharem interessante como inspiração”.
Fonte/Foto: Hanne Assimen e Rosiel Mendonça, A Crítica/Divulgação
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