CAMINHONEIROS JÁ PODEM FAZER TRAVESSIA POR BALSA NA PONTE RIO MOJU



Trecho de 268 metros que fica ao lado da ponte que desmoronou na Alça Viária, foi autorizado pela Capitania dos Portos
Caminhoneiros que fazem o escoamento de produção no Estado já podem contar com o serviço de travessia por balsa na área onde está sendo construída a nova ponte Rio Moju, na Alça Viária. Os primeiros caminhões e carretas começaram a ser transportados às 9h deste sábado (29). Com duração de aproximadamente 25 minutos e funcionamento de 6h até às 18h, a travessia é uma alternativa gratuita oferecida pelo governo do Pará para diminuir a concentração de veículos nas áreas dos portos do Arapari e os disponibilizados na Avenida Bernardo Sayão, em Belém.
Na manhã deste domingo, o governador Helder Barbalho e o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Iran Lima, foram até o local para acompanhar o início da oferta do serviço. Recebido pela prefeita de Moju, Nilma Lima, e por vereadores locais, o chefe do Executivo estadual também conferiu o andamento das obras de construção da nova estrutura, a terceira da Alça Viária, que desabou no dia 6 de abril após ser atingida por uma embarcação.
Caminhoneiro há dois anos, Wagner Paiva, de 26 anos, conta que a queda da ponte complicou bastante o trabalho da classe, principalmente por conta do horário de chegada das cargas e pelo aumento dos custos para transporte das cargas. "Fora a demora, porque passávamos muito tempo na fila de espera, então a expectativa é que com esse serviço a gente possa agilizar nosso lado, chegando no destino no horário certo", analisou.
Natural do Espírito Santo, Joás Freitas dos Reis tem mais tempo de estrada: 11 anos. Atualmente, o caminhoneiro, que reside em Castanhal, transporta soja e milho da safra de Paragominas. Ele falou sobre a esperança de dias melhores de trabalho para a categoria. "A primeira esperança é o bolso. A balsa é muito cara e onerava ainda mais o frete. Além disso, diminuem os transtornos de espera, sem dormir em fila. Só o fato de você cortar Belém toda já ajuda muito. Você vai ter fila, mas vai economizar quilometragem. Vai ser bom demais", comemorou.
Vistoria
A visita começou pelo topo da ponte, onde o governador pode conferir o trabalho de cravação das estacas metálicas do pilar de sustentação do novo trecho da ponte - sete já foram cravadas de um total de 21. São cerca de 150 pessoas envolvidas na obra, que segue acelerada, 24h por dia.
Helder Barbalho destaca que essa etapa da obra está avançando de maneira célere, embora uma parte do tempo previsto para a conclusão do serviço tenha sido utilizada para a retirada dos escombros, mas reforçou que, nesta fase, um pilar por dia está sendo cravado. Em discurso, o governador afirmou que todos os esforços do Estado estão voltados para que a estrutura seja entregue à população dentro do prazo estabelecido.
"A expectativa é que em outubro possamos entregar a ponte. Os custos da obra serão mantidos dentro do que foi orçado e assinado em contrato, firmado entre a empresa e o governo do Estado", pontuou Helder Barbalho.
Travessia
O serviço de balsas na área onde caiu o trecho da ponte foi resultado de um esforço contínuo do governo para garantir uma alternativa para os usuários que precisam desse serviço, desafogando a concentração nos portos do Arapari e da Bernardo Sayão.
"Queremos garantir que a estrada da Alça Viária seja utilizada. Isso é um facilitador, faz com que se diminua o impacto na vida das pessoas que moram nas áreas de concentração desses veículos, próximo aos portos, além de também diminuir os custos de transporte para os caminheiros, porque é um serviço gratuito subsidiado pelo governo. Por fim, é voltarmos a encurtar os caminhos para facilitar o escoamento da produção do nosso estado", concluiu o governador Helder Barbalho.

Fonte/Foto: DeAmazônia/Divulgação


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