RESUMO DO DIA - EDIÇÃO DA NOITE | SEGUNDA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2019
MATERIAL AINDA NÃO
REVELADO REFORÇA INTERFERÊNCIA DE MORO, DIZ JORNALISTA
Um dos autores da série de reportagens
iniciada ontem pelo site The Intercept Brasil, que mostra como trocas de
mensagens entre o então juiz federal Sergio Moro e a força-tarefa da Lava Jato
podem ter ditado os rumos das eleições no país, o jornalista Glenn Greenwald
disse em entrevista hoje ao UOL que ainda possui um grande volume de dados não
publicados que reforçariam a atuação indevida do ex-magistrado para
influenciar em prisões e guiar a opinião pública.
Greenwald --que também é um dos fundadores do
site-- diz que o volume de material obtido por ele neste caso supera o da
principal reportagem de sua carreira, que comprovou, em parceria com o
ex-agente da CIA e da NSA Edward Snowden, no ano de 2013, o monitoramento
indevido de informações privadas em massa pelos serviços de inteligência dos
Estados Unidos.
Cauteloso ao falar sobre as próximas
revelações, o jornalista diz já ter uma certeza: "Moro era um chefe da
força-tarefa, que criou estratégias para botar Lula e outras pessoas na prisão,
se comportando quase como um procurador, não como juiz".
"Temos conversas que ainda não reportamos
sobre o Moro estar pensando na possibilidade de aceitar uma
oferta do Bolsonaro, caso ele ganhasse. Isso foi antes da eleição,
acho que depois do primeiro turno", completou o jornalista.
O QUE MAIS VOCÊ PRECISA
SABER
- Fato grave é a invasão
criminosa dos celulares dos procuradores, diz Moro
- Após mensagens vazadas,
Deltan Dallagnol vira alvo de representação em conselho
- Congresso articula para
expor Moro e investigar conversas com Dallagnol em CPI
- FHC vê "tempestade
em copo d'água" no vazamento de conversas de Sérgio Moro.
Fonte/Foto: Gabriel Sabóia e Igor Mello, do UOL
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