PREOCUPAÇÃO EM MANAUS-AM | COTA DO RIO NEGRO ESTÁ A 7 CM DA MARCA QUE PERMITE O DECRETO DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Defesa Civil coloca 15
bairros na lista dos que podem ser mais afetados pela subida das águas
A sete centímetros de
bater a cota máxima de cheia do Rio Negro que é de 29 metros, Manaus poderá
decretar situação de emergência nos próximos dias. Para as próximas duas
semanas, o Rio Negro deverá atingir a média de 29,18 metros podendo chegar à
máxima de 29,33.
As informações foram
passadas ontem pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) durante a apresentação
do terceiro e último alerta de cheia deste ano, na sede do órgão. “A Defesa
Civil de Manaus vem trabalhando desde o começo de janeiro na primeira fase que foram
os levantamentos e as visitas nas áreas. Após o primeiro alerta, a gente
iniciou fazendo as pontes provisórias e agora, com a cota de emergência, a
gente já vai trabalhar na terceira fase”, destacou o secretário executivo da
Defesa Civil de Manaus, Cláudio Belém. Nesta sexta-feira (31), o Porto de
Manaus registrou 28,93 metros.
“Na próxima segunda-feira,
quando a gente deve já estar a acima da cota de 29 metros, vamos preparar todos
os dados que foram levantados nessa área e apresentar para o prefeito, que é
quem vai decidir se decreta situação de emergência na cidade de Manaus”,
acrescentou.
Conforme a Defesa Civil de
Manaus, 15 bairros estão na lista de mais afetados pelas subidas dos rios como
Tarumã, Mauazinho, São Jorge, Educandos, Raiz, Betânia, Presidente Vargas,
Colônia Antônio Aleixo, Aparecida, Centro, Santo Antônio, Cachoeirinha, Glória,
Compensa, Puraquequara e zona rural ribeirinha.
“Segundo o levantamento da
Secretaria Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) foram 2.071 famílias
cadastradas nos 15 bairros, isso na grande enchente como teremos uma cheia
média, esse número de bairros vai cair consequentemente o número de famílias
também”, ressaltou ainda.
Durante os dois primeiros
alertas divulgados pelo CPRM, o Rio Negro não ultrapassaria os 29 metros, porém
em decorrência das chuvas espalhadas pelas bacias no último mês, a subida das
águas foi perceptível como afirmou a gerente de hidrologia do órgão, Jussara
Cury.
“A subida do rio, por
exemplo, em abril estava um pouco diferente dessa de maio por que teve uma
maior velocidade somente no Alto Solimões e no Peru, que se manteve nas máximas
e continua chovendo e choveu em toda a bacia, isso acabou impactando na cheia
do Rio Negro aqui em Manaus, então a gente teve uma subida”.
Jussara disse que para as
próximas duas semanas, a tendência é que o nível ainda evolua. Porém, afirma
que não chegará perto da cota da cheia histórica de 2012, quando o Rio Negro
bateu os 29,97 metros.
Quanto ao nível de chuvas,
o meteorologista do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Renato Senna
reafirma que houve chuvas em excesso, mas para os próximos meses, a previsão é
que esteja dentro da média.
“As chuvas devem ocorrer
dentro do previsto nos próximo dois ou três meses, mas isso não quer dizer que
vai chover mais ou chover menos, na realidade, a bacia do Rio Negro e Bacia do
Rio Branco, essa época é de máximo de chuva”.
Segunda fase
A segunda fase da Operação
Enchente 2019 abrange aproximadamente 31 municípios do Estado do Amazonas que
estão em situação de emergência e de acordo com o órgão, a ajuda humanitária
deve chegar a mais de 240 mil pessoas.
Fonte/Foto: A Crítica, Manaus/Antonio Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário