SOS: EM BELÉM-PA, MP QUER SALVAR SAMAUMEIRA
Os promotores de Justiça
Raimundo Moraes e Nilton Gurjão estão lutando para salvar uma samaumeira
centenária que a Construtora Village quer derrubar para construir um
empreendimento imobiliário num terreno na Av. Conselheiro Furtado (entre Dr.
Moraes e Serzedelo Correa), em Belém do Pará. Em Recomendação oficial da
Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Patrimônio Cultural, Habitação e
Urbanismo de Belém, eles enfatizam a necessidade do licenciamento ambiental
urbanístico da obra, com base nos critérios estabelecidos na legislação
proteção ao patrimônio histórico e cultural; e que a construtora garanta a
inserção da samaumeira no projeto. Também recomendaram às Secretarias
Municipais de Meio Ambiente e de Urbanismo que
fiscalizem para verificar se estão sendo obedecidos os indicadores,
critérios e padrões da zona específica, conforme o Plano Diretor Municipal e a
legislação urbanística; não autorizem a retirada da árvore e embarguem a
atividade até que esteja regularizada.
Na sexta-feira passada
(17) a Seurb já notificou a empresa de que ela não está autorizada a cortar a
Sumaumeira. O MPPA pediu, ainda, que a Procuradoria Geral do Município
acompanhe o cumprimento a Recomendação. Todos os órgãos notificados terão prazo
de 20 dias para informar ao MPPA as medidas adotadas. O não atendimento sem
justificativa implicará responsabilização dos agentes.
O Ministério Público do
Estado do Pará já havia instaurado dois Procedimentos Administrativos (nº
000061—113/2016-MP-3ªPJ MA/PC/HU-BEL/ nº 000090-113/2019-2ªPJ MA/PC/HU-BEL) a
fim de apurar denúncia de abandono e a proteção do patrimônio histórico,
cultural e meio ambiente natural, respectivamente, em face dessa obra.
A Construtora Village não
apresentou, até agora, projeto específico comprovando adequação às normas e
limites urbanísticos específicos para o entorno, bem como o respeito aos
padrões de proteção em relação à Sumaumeira, patrimônio histórico tombado -
cujo caule está em meio a lixo, como se vê na foto - muito menos licença
ambiental e urbanística.
Fonte/Foto: Franssinete
Florenzano, em uruatapera.blogspot.com.br
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