MEMÓRIAS DE FARO-PA | RELEMBRE O SR. JOSÉ BATISTA, “O TOCADOR DE SINOS”
ENTREVISTA REALIZADA COM O
SR. JOSÉ BATISTA, O “TOCADOR DE SINOS”, EM 2011. ELE FALECEU HÁ DOIS ANOS, EM 03
DE MAIO DE 2017.
RELEMBRE!
“EU SOU FARENSE!
O sr. José Batista dos
Santos Fonseca, ou simplesmente “seu” Zé Batista, Tocador de Sinos, nasceu em
21 de abril de 1929, na cidade de Faro, mais precisamente em uma casa da rua
Dr. Dionísio Bentes. Hoje, aos 82 anos, reside na rua Dr. Augusto Montenegro,
bem perto da Matriz de São João Batista (santo do qual se considera afilhado).
Filho de José Sarraf da
Silva e de dona Jacy dos Santos Fonseca, é casado há mais de 52 anos com dona
Cezarina de Souza Fonseca, com quem teve os filhos José Euclides e Jacilene
Izabel.
Aos 8 anos de idade, era
coroinha na igreja de São João Batista – foi quando aprendeu as badaladas do
sino da igreja, que eram badalados ou “tocados” sempre ao meio dia e às 18
horas. Ele explica: “antigamente, quando se tocava o sino, as crianças corriam
ao encontro de seus pais, tios ou pessoas mais idosas para “tomar a benção”.
Hoje isso é coisa rara”.
Voltando à sua história:
Após alguns anos de
casado, conseguiu duas profissões: padeiro e barbeiro.
Como padeiro, começou
fabricando pão doce, e logo após, passou a fabricar um saboroso “pão de sal”.
Exercia as duas funções: padeiro à noite, e barbeiro durante o dia – e com
muita eficiência, diz.
O sr. José Batista é um
cidadão muito religioso: não tem dia e nem hora para estar na igreja. Diz que
sofria de uma doença dita incurável, a sinusite, que o perturbava muito e não
sabia mais como tratá-la.
Foi quando, ao entrar na
igreja, deparou com o sr. Etevaldo lixando a imagem de São João Batista para
pintá-la mais tarde.
Nessa hora, pediu ao
padroeiro que o curasse daquela doença. Como tinha que acordar à meia noite
para acender o fogo do forno e trabalhar a massa para os pães, resolveu dormir
mais cedo. Ao acordar, por volta da meia noite, percebeu que não sentia mais os
efeitos da sinusite que, aliás, até hoje não mais o perturbou. Graças a São
João Batista, diz ele.
Ainda neste ano, o sr.
José foi tocar o sino, como sempre faz, e após ajoelhar-se e rezar, como de
costume, em frente ao seu padrinho São João Batista, ao abrir os olhos percebeu
que havia uma criança ao seu lado, em pé e com as mãos postas.
Fechou os olhos e
continuou com suas preces. Ao terminar, olhou para seu lado e a criança havia
sumido. “Seu” José Batista acredita que pelas características do menino, era
São João Batista quando pequeno quem estava ao seu lado.
“Seu” Zé Batista – o
Tocador de Sinos! Uma vida toda dedicada à Paróquia de São João Batista, de
Faro.”
Fonte/Foto:
z fioravante
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