AMAZONAS: WILSON ENVIA REPOSIÇÃO A ALE/AM E PEDE QUE PROFESSORES ENCERREM GREVE
Wilson Lima lamentou uso político-partidário da greve
e disse que chegou ao limite máximo de contra proposta
O governador do Amazonas,
Wilson Lima anunciou, nesta segunda-feira (13/05), que vai encaminhar para a
Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) Projeto de Lei com a reposição
salarial da data-base dos profissionais da educação, que será de 4,73%,
conforme a contraproposta apresentada aos sindicatos da categoria na semana
passada.
Além disso, o governador
assegurou que vai começar a pagar progressões de carreira horizontais e
verticais, dobrar o valor do auxílio localidade e ampliar, reajustar o auxílio
alimentação e ampliar o vale-transporte dos professores que cumprem 40 horas.
O anúncio foi feito em
pronunciamento para a imprensa na Sede do Governo, zona oeste de Manaus, com a
presença do secretário de educação, Luiz Castro. Na ocasião, o governador
também pediu aos professores que retornem às salas de aula e terminem a paralisação,
que vai completar 30 dias e que prejudica alunos da rede estadual de ensino.
“Eu estou encaminhando
para a Assembleia Legislativa a mensagem com esse percentual de 4,73%,
garantindo promoções horizontal e vertical e dobrando o auxílio localidade para
aqueles professores, principalmente, que estão lá no interior e tem uma
dificuldade muito grande para se deslocarem e tem a questão da logística, o que
acaba sendo muito difícil”, disse o governador.
Limite máximo
– Wilson Lima destacou que o Estado chegou ao limite máximo do que pode
oferecer à categoria em 2019, sob pena de comprometer todo o funcionalismo
público. O Governo do Estado já havia honrado com pagamento da reposição
salarial de 9,38% em janeiro, referente à data-base que não havia sido paga em
2016.
“Com esse reajuste que
vamos garantir agora, chega a 14%. Diferente, por exemplo, de outras
categorias. A Polícia Militar, por exemplo, a data-base deve ser cumprida em
agosto, de acordo com a conversa que nós tivemos. Da mesma forma que
conversamos com policiais civis e estamos conversando também com outras
categorias, para que todos os servidores possam ser contemplados, dentro das
limitações do Governo do Estado”, enfatizou. O cumprimento do escalonamento da
data-base pago em janeiro tem impacto direto no orçamento do Estado deste ano.
O Amazonas já atingiu o
limite máximo de gastos com pessoal imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), que em abril, atingiu 50,98% da
Receita Corrente Líquida do Estado, superando o limite máximo de 49%. Nesta sexta-feira (10/05), o Tribunal de
Contas do Estado (TCE-AM) emitiu alerta para o Governo do Amazonas para que
observe o limite de gastos imposto pela legislação.
Contraproposta
– O Governo do Estado oferece aos profissionais da educação reposição salarial
de 4,73% (incluindo perdas residuais referentes às datas-bases de 2015 a 2018),
progressões horizontais para 16 mil servidores, progressões verticais (12%, 50%
e 55%) para 1,7 mil servidores, reajuste de R$ 30 no auxílio alimentação,
reajuste no auxílio localidade (100% para professores do interior e 233% para
zona rural) e ampliação do vale-transporte dos professores que cumprem 40
horas.
A proposta foi apresentada
aos representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Amazonas (Sinteam)
e também da Associação de Professores e Pedagogos das Escolas Públicas do
Ensino Básico de Manaus (Asprom-Sindical), na última sexta-feira (10/05), na
Sede do Governo.
Impacto –
Com as concessões para os profissionais da educação, o impacto nas contas do
Estado será de R$ 125 milhões em 2019. A soma das reposições salariais,
incluindo a que foi paga aos profissionais da educação em janeiro deste ano, de
9,38%, totalizam um aumento de 18,45% na despesa da Secretaria de Estado de
Educação (Seduc) com pessoal.
Prejuízos –
O governador lamentou os danos ocasionados pela greve dos professores e
reafirmou que o diálogo com a categoria permanece aberto, como esteve desde o
início do ano. “Lamento o prejuízo que alunos, pais e professores estão tendo.
Logo que houve um movimento por parte dos sindicatos, nós abrimos diálogo.
Determinei que o secretário de Educação, Luiz Castro, os recebessem, assim
aconteceu. Da mesma forma que foram recebidos pelo secretário de Fazenda, Alex
Del Giglio, e pelo vice-governador, Carlos Almeida. Preciso e vou sentar com os
professores para que nós possamos negociar, para que nós possamos conversar e
encontrar caminhos para melhorar a educação. Mas eu preciso que os professores
retornem à sala de aula, porque a greve não beneficia ninguém”, frisou Wilson
Lima.
De acordo com o
governador, os esforços para garantir progressos à educação do Amazonas
continuarão sendo feitos. “E eu, enquanto governador, não vou permitir que
interesses político-partidários estejam acima de um assunto tão sério, de uma
prioridade, que é a educação do Estado do Amazonas. E aqui quero reconhecer e
agradecer o empenho dos professores e trabalhadores em educação que continuaram
trabalhando e que entendem que é através do diálogo que se pode conseguir
construir as conquistas da categoria”, afirmou.
Fonte/Foto: Portal
DeAmazônia/Diego Peres - Secom
Nenhum comentário:
Postar um comentário