SALVA COM A AJUDA DE DEUS: CRIANÇA DE 3 ANOS FICA SOZINHA EM LANCHA DESGOVERNADA NO RIO TAPAJÓS, NO PA
Piloto
perdeu o controle da embarcação e caiu no rio. Populares jogaram cordas na água
para que hélice do motor da lancha ficasse presa e parasse. Criança foi resgatada
sem ferimentos após 50 minutos.
Era para ser apenas um passeio no rio, mas por
pouco não aconteceu uma tragédia. Uma criança de 3 anos ficou sozinha dentro de
uma lancha desgovernada após o piloto da embarcação cair no Rio Tapajós,
próximo à Praia Maria José, em Santarém, no oeste do Pará. (Veja no vídeo acima
a lancha desgovernada e o resgate da menina)
O incidente aconteceu por volta das 18h30 de
terça-feira (1º) e a criança ficou dentro da embarcação cerca de 50 minutos até
ser resgatada por pescadores e outras pessoas que passavam pelo local em outros
barcos.
A menina estava acompanhada de um adulto
(piloto) e uma criança de 5 anos, além de outra pessoa que estava em uma boia
rebocada pela lancha, no momento do incidente. Após uma manobra, o piloto
perdeu o controle e caiu na água. Minutos depois a outra criança também caiu no
rio.
As vítimas que foram logo resgatadas foram o
piloto e a criança de 5 anos. O adulto que ia na boia, logo após a lancha
perder o controle, nadou cerca de 400 metros para a margem da praia.
Para o professor e servidor federal Roberval
Santos, a operação de resgate parecia que não teria fim, tamanha a angústia que todos sentiam vendo a
menina sozinha. Ele estava em um barco e passava pelo local.
“Estávamos voltando para Santarém e nessa hora
o nosso barco foi chegando próximo. A lancha já estava há alguns minutos
girando. Ficamos jogando cordas no rio para ver se travava a hélice, daí chegou
outro barco e tentou jogar cordas mais perto”, disse o servidor.
Após acionarem a Capitania Fluvial de
Santarém, outra lancha com bombeiros civis prestou auxílio à operação de
resgate. As cordas prenderam e travaram o motor.
“A criança ficou todo tempo segurando em um
dos bancos, atracou e não soltou. Ela teve um instinto para ficar segurando,
coisa que poucas crianças têm com essa noção de perigo. Tinha horas que a
lancha parecia que ia virar, ela não soltou. Foi angustiante”, contou.
Todas as pessoas que estavam na lancha usavam
coletes salva-vidas. Roberval salientou que o uso do equipamento de segurança
foi fundamental para não haver registro de feridos. Depois do resgate, todas
as vítimas foram levadas para a cidade de
Santarém. Nenhuma ficou com ferimentos graves.
Em nota, a Capitania Fluvial de Santarém (CFS)
informou que recebeu a informação de que uma lancha estava desgovernada no rio
Tapajós e que uma pessoa havia caído na água. Após o chamado, uma equipe se
deslocou para o local a fim de prestar apoio e ampliar as informações. A
Marinha do Brasil disse que as duas crianças permaneceram na embarcação durante
o incidente.
Ainda conforme a nota, a lancha foi rebocada
até a base de Inspeção Naval para perícia e verificar as causas do incidente.
Não foi constatado indício de ingestão de bebidas alcoólicas no condutor.
A Capitania Fluvial de Santarém recomenda aos
condutores que façam a navegação em segurança, obedecendo as regras de uma
condução consciente; sejam devidamente habilitados e a embarcação esteja inscrita
junto a Capitania; façam uso efetivo dos coletes salva-vidas; e,
principalmente, não ingiram bebidas alcoólicas ou passem a condução para pessoa
não habilitada.
Veja
outras recomendações para navegação segura:
Deixar avisado com familiares e nas
marinas/iates clubes a sua singradura (seu local de destino);
Não trafegar próximo a banhista (distância
segura de 200m);
Procurar saber a previsão do tempo e em caso
de mau tempo não navegar ou procurar local abrigado;
Utilizar sempre o colete salva-vidas,
principalmente em bajaras, lanchas, motoaquática;
Nunca cruzar a proa de outra embarcação,
quando em rumos cruzados; e
Não soltar fogos de artifício a bordo de
embarcações.
Recomendações
aos passageiros de embarcações que fazem linha regular:
Solicitar a tripulação orientações de como
vestir os coletes salva-vidas antes de iniciar a viagem;
Não viajar em embarcações que estejam com
excesso de passageiros (comunicar imediatamente à Capitania);
Verificar se a embarcação possui coletes
salva-vidas para todos, em condições de uso e de fácil acesso;
Verificar se na embarcação existe uma placa
com a lotação e número de contato da Capitania dos Portos;
Não atar redes no corredor de circulação ou
acima de outra rede;
Não permanecer junto com a carga, atando as
redes neste local;
Se achar que a embarcação está com possível
excesso de carga, comunicar imediatamente à Capitania. Existe uma marca no
costado, a meio navio, que indica se há excesso, em forma circular com uma
linha no meio. Se alinha estiver abaixo da água está com excesso.
Fonte/Foto:
Geovane Brito, G1 Santarém/Reprodução
Nenhum comentário:
Postar um comentário