CINEMA: CABOCLO PARAENSE INVADE A TELA DOS CINEMAS
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Epaminondas Gustavo e Adilson Alcântara com a equipe do filme "Muleque té doido" |
A produção maranhense "Muleque té doido..."
tem os personagens de Claudio Rendeiro e Adilson Alcântara no elenco
Um novo tipo de comédia
está em cartaz nos cinemas marcada por características regionais. A comédia
pastelão maranhense “Muleque Té Doido – Mais doido ainda”, que estreou no
cinema no dia 24 de janeiro, traz São Luís (MA) para a tela dos cinemas com uma
participação especial de personagens de Belém. O filme em cartaz nos cinemas da
capital conta a história de um quarteto aloprado que se meterá em muita
confusão para salvar São Luís de cair nas profundezas do oceano.
“Muleque Té Doido – Mais
doido ainda” é o terceiro capítulo da franquia cinematográfica criada, dirigida
e interpretada pelo maranhense Erlandes Duarte. A franquia já levou milhares de
espectadores aos cinemas nos episódios anteriores e foi um dos grandes
destaques do cinema nacional, chegando a décima quinta posição entre os longas
mais assistidos em novembro de 2016.
Além da comédia escrachada
que já é sucesso, os paraenses têm mais um motivo para ir ao cinema, com as
participações especiais de Epaminondas Gustavo, interpretado pelo juiz e
comediante Cládio Rendeiro, e de Adilson Alcântara. “Muleque Té Doido surgiu da
paixão pelo cinema e da vontade de fazer algo que pudéssemos nos identificar.
Digo isso de toda a região nordeste e norte, que são distintas pelas suas
culturas. A gente se entende e fala a mesma língua, o Maranhão é considerado
meio do Norte. Queríamos construir um filme que falasse do nosso jeito de
falar, do nosso cotidiano”, afirma o diretor Erlandes Duarte, 37 anos.
O comediante Cláudio
Rendeiro conta que o filme já tem recebido boas críticas pelas redes sociais do
personagem Epaminondas Gustavo. “O filme é super engraçado. Ressuscita o Daniel
de La Touche, que foi o fundador de São Luís. Eles ressuscitam e interagem em
uma comédia super divertida. Eu recomendo e foi um privilégio participar como
personagem. Nunca nem imaginava que iria fazer cinema”, revela.
Já Adilson Alcantara, de
49 anos, ressalta as bonitas imagens de Belém na tela grande e que o terceiro
filme é o melhor de todos até agora. “Tem umas imagens lindas de Belém, o
astral foi muito bacana”, relembra. “Eu assisti os outros dois filmes, mas
achei este o melhor de todos. Está tudo melhor e tudo bom, principalmente ficou
mais engraçado. Ficou tão bacana a ponto de eu assistir o filme e não lembrar
que iria ter uma participação, já estava curtindo muito o filme. É um besteirol
mesmo, estilo Os Trapalhões”, conta.
Erlandes conheceu o
trabalho de Cláudio e Adilson pela internet após buscar referências de
humoristas que usassem a regionalidade. Ao ver o espetáculo de ambos pela
internet o diretor ficou entusiasmado. “Queria uma galera que falasse do jeito
que falam em Belém, expressasse a cultura de Belém e do Pará. Vimos alguns
vídeos na internet do show de stand-up que eles fazem e nos apaixonamos”,
relata o diretor.
Quem não assistiu os
outros dois filmes anteriores tem a chance de vê-los gratuitamente na internet
pelo Youtube procurando por “Muleque Té Doido”. No terceiro filme, o quarteto
aloprado formado por Erlanes, Nikima, Guida e Sorriso, finalmente conseguiu
salvar Laura do terrível vilão Zé Mucura, o chefe da gangue mais temida de São
Luís. Entretanto, logo o grupo encontra um desafio ainda maior, enfrentando
grandes perigos e desafios para salvar Luna, filha do povo da Lua dos Lençóis
Maranhenses, que está prestes a ser sacrificada com o propósito de reviver o
lendário Rei Sebastião e libertá-lo do encanto que o transformou em um touro
negro. Se o terrível plano der certo, a Ilha de São Luís afundará nas
profundezas do oceano para sempre.
Epaminondas Gustavo e
Adilson Alcântara são dirigidos pelo maranhense Erlandes Duarte.
Público quer tempo maior para o estado
O pouco tempo de dela para
a participação especial dos paraenses e de Belém é a reclamação do público do
Pará. Como muitas pessoas esperavam que o filme continuasse em Belém com
Epaminondas Gustavo e Adilson Alcântara ficaram surpresas com o término da
história. “Uma coisa que as pessoas que assistiram o filme sentiram falta foi
maior participação de Belém. Eles imaginavam que o filme continuaria ao chegar
aqui, o que eles não sabiam é que era só uma participação especial. Nós fazemos
um link na história”, explica Cláudio Rendeiro.
Graças ao sucesso dos dois
primeiros filmes e da resposta do público nestes primeiros dias de cartaz do
terceiro filme, o diretor Erlandes Duarte já pensa em fazer uma continuação com
os paraenses. “O cinema é algo que requer muito dinheiro e que precisa ter
equipamentos disponíveis, mas graças a esta qualidade de humor e de imagem
conseguimos vencer. Temos as promessas de mais cenas em Belém e uma
participação ainda maior da cidade [para o quarto filme]. Esta é a receita já
que em time que está ganhando não se mexe”, brinca Erlandes.
AGENDE-SE
Filme “Muleque Té Doido –
Mais doido ainda”
Cinépolis Parque: 13h,
15h15, 17h30, 19h45, 22h
Moviecom Castanheira:
14h15, 19h10
Cinesystem Metrópole: 14h,
16h10, 18h15, 20h20
Fonte/Foto:
Vito Gimaque – O Liberal/Divulgação
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