ENTRANDO PARA A HISTÓRIA: NO PARÁ, HELDER FOI O PRIMEIRO GOVERNADOR ELEITO COM MAIS DE 2 MILHÕES DE VOTOS
Helder Barbalho (MDB) foi
eleito no último domingo de outubro (28) governador do Estado do Pará com mais de 2
milhões de votos, se tornando o candidato mais votado para o cargo desde a
primeira eleição para governador em 1947, quando Moura Carvalho (PSD) teve
pouco mais de 68 mil votos. Helder também já tinha sido vitorioso no 1º turno
recebendo 1.825.708 votos (47,69%). No segundo turno ampliou essa vantagem em
242.611 votos, alcançando 2.068.319 votos (55,43%).
Até a eleição do último
domingo tinham ocorrido 13 eleições para governador no Estado do Pará. De 1947,
quando Moura Carvalho foi eleito; até 1965 quando Alacid Nunes (UDN) foi o
vitorioso com 163.527 votos, o pleito foi decidido no voto popular. Em 1964
ocorreu o golpe militar e, de 1965 até 1981, os governadores foram eleitos pelo
Colégio Eleitoral, pelo voto indireto.
A primeira eleição direta
após vários anos de comando dos militares, ocorreu em 1982, quando o hoje
senador Jader Barbalho (MDB), pai de Helder, foi eleito pela primeira vez
governador do Estado, recebendo 501.605 votos contra 461.969 dados a Oziel
Carneiro (PDS), votação recorde até então. No dia 15 de março de 1983, Jader
tomava posse como o primeiro governador eleito pelo voto direto desde 1964.
Américo Canto, mestre em
ciência política, diz que o desconhecimento do atual presidente da Assembleia
Legislativa do Estado, Márcio Miranda (DEM) foi decisivo para a vitória de
Helder na disputa. “No início da campanha esse desconhecimento girava em torno
de 42%, o que lhe dava desvantagem quando comparado com o grau de conhecimento
que a população tinha do candidato Helder Barbalho, que tinha uma grande
visibilidade por ter assumido cargos de ministro, que também foi de grande
importância para sua vitória”, destaca.
GOVERNO
Outro fator desfavorável a
Miranda, observa Canto, foi o descontentamento da população em relação ao
governo de Simão Jatene, principalmente na região do Baixo Amazonas, Marajó e
na Região Metropolitana. “A dificuldade de Márcio Miranda em defender propostas
de um governo desgastado, por sucessivos mandatos, também foi fator que
colaborou para enfraquecer sua candidatura, além da falta de apoio do PSDB ao
candidato”.
Esse conjunto de fatores
influenciou de forma direta na candidatura de Miranda, contribuindo para sua
derrota, diante de um candidato que veio do primeiro turno com vantagem
significativa. Por outro lado, Helder estava muito bem articulado
politicamente, cercado por dezesseis partidos políticos. “Suas propostas
chegaram de forma clara para a população e o candidato demonstrava segurança ao
defendê-las. Sem falar que o candidato do MDB teve bem mais tempo no horário eleitoral,
a quantidade de informações apresentadas, aumentando o poder de convencimento
do eleitorado”, diz.
COLIGAÇÃO
A coligação "O Pará
Daqui pra Frente", encabeçada por Helder, também foi a maior formada para
eleger um governador no Pará, contando com 16 partidos: MDB / PP / PRB / PR /
PSC / PTB / PHS / PMB / PODE / DC / PTC / PATRI / PSD / AVANTE / PSL / PROS.
Essa mesma coligação
também elegeu os dois senadores na disputa: Jader Barbalho (MDB), que foi
reeleito; e Zequinha Marinho (PSC).
Fonte/Foto/Arte:
Luiz Flávio/Diário do Pará
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