DEFENSORIA PÚBLICA ALERTA PARA CASOS DE FEMINICÍDIO NO AMAZONAS
Em 2016 foram 10 mulheres assassinadas por questões de gênero,
apenas por serem mulheres. Em 2017, o número subiu para 15
O
número de casos de feminicídio no Amazonas cresceu nos dois últimos anos.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), em 2016 foram
10 mulheres assassinadas por questões de gênero, apenas por serem mulheres. Em
2017, o número subiu para 15. Para fazer um alerta sobre esse grave problema, a
defensora pública Caroline Braz Penha, responsável pelo Núcleo Especializado em
Atendimento de Mulheres Vítimas de Violência Doméstica (Naem), da Defensoria
Pública do Amazonas (DPE-AM), abordará o tema em uma palestra na Ordem dos
Advogados do Brasil, secção Amazonas (OAB-AM), nesta segunda-feira, dia 27, às
14h.
O
evento faz parte da programação do Agosto Lilás, mês de mobilização pela
prevenção e combate à violência doméstica. Na palestra “Feminicídio e Inovações
da Lei 11.340 (Lei Maria da Penha)”, a defensora pública falará sobre os
direitos das mulheres, o combate à violência doméstica e o trabalho
desenvolvido pelo Naem.
Segundo
a defensora Caroline Braz, é preciso discutir cada vez mais o tema feminicídio
para evitar que novos casos aconteçam e para aprimorar as formas de combate e
punição. “Muitos casos são classificados como homicídio e não feminicídio, por
falta de uma melhor investigação com perspectiva de gênero”, afirma.
Na
palestra, a defensora também destacará outros dados alarmantes, como os
identificados em pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que trata de
mortes violentas de mulheres. De acordo com a pesquisa, mulheres morrem mais
por arma branca e outros meios juntos e 73% dos homens morrem por arma de fogo,
e apenas 10% dos homens morrem em sua residência, enquanto que as mulheres são
mortas na própria casa, em 27,3% dos casos.
Na
terça-feira, dia 28, às 9h30, a defensora ainda participará de outra palestra
na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), organizada pelo Fundo das Nações
Unidas para a Infância (Unicef).
Fonte/Foto: Portal DeAmazônia/Divulgação
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