PESQUISADOR DO IFRR CRIA ADITIVO DE BIODIESEL COM ÓLEO DE FRUTA NATIVA DA AMAZÔNIA: 'ECONOMIA DE 40%'
Estudo revelou ainda que uso de extrato do tucumã aumenta em até
300% vida útil de biocombustível. Empresas de combustíveis podem ter economia
na produção, tendo em vista que o custo é apenas o do laboratório, segundo
Guilherme Turcatel.
A
vida útil de biodiesel agora pode aumentar em até 300% com o uso do aditivo
natural extraído do tucumã, uma fruta nativa da Amazônia, conforme revela uma
pesquisa desenvolvida pelo professor do Instituto Federal de Roraima (IFRR),
Guilherme Turcatel, de 33 anos.
No
Brasil, 10% do diesel comum extraído do petróleo é vendido ao consumidor com
adição de biodiesel, que é o combustível feito a partir de gordura animal ou
óleo vegetal, como a soja, dendê e agora o tucumã.
"A
estimativa é que com o aditivo de tucumã adicionado ao biodiesel, aumente em
até 300% a vida útil do produto. Por exemplo, se o biodiesel sem aditivos durar
um mês, o mesmo produto com o aditivo de tucumã pode durar até 4 meses",
explica o pesquisador.
O
estudo sobre o aditivo se iniciou em 2016 e no segundo semestre do ano passado
foram feitos os testes que constataram a eficácia do produto. No último dia 4
de junho a inovação foi apresentada no aniversário de 25 anos do IFRR.
Ele
calcula que a utilização do aditivo de tucumã no biocombustível possa gerar uma
economia entre 20% e 40% às empresas do ramo em relação ao sintético.
"A
indústria [de biocombustível] terá mais economia para produção e posteriormente
para comercialização", acrescenta.
Agora,
o pesquisador e a instituição aguardam a aprovação da patente pelo Instituto
Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), que deve analisar o ineditismo da
invenção e possibilidade de aplicação em escala industrial.
Toda
a pesquisa foi desenvolvida no campus Novo Paraíso, região de Caracaraí,
distante 256 Km de Boa Vista, ao Sul de Roraima.
Fonte/Foto: G1 Roraima/IFRR
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