DEPUTADO FEDERAL WLADIMIR COSTA NA MIRA DO MPF
O
deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade-PA) está em maré baixa. Na
semana passada, ele foi absolvido à unanimidade pela Segunda Turma do STF da
acusação de peculato, por falta de provas. Mas agora a Justiça Federal atendeu
parcialmente os pedidos do Ministério Público Federal em ação judicial por
improbidade administrativa contra ele e seu irmão Mário Sérgio Costa, que é o
superintendente do Incra em Santarém. A 2ª Vara Federal em Santarém não afastou
Mário Sérgio do cargo mas proibiu que faça eventos institucionais com a
presença ou mesmo a citação de Wlad. Eles são acusados de transformar a
superintendência em palanque eleitoral para a família. Nos autos, depoimentos e
documentos demonstram a utilização eleitoral da máquina pública do Incra pelos
irmãos Costa.
A
dupla distribuiu dezenas de contratos de concessão para uso individual em áreas
de titulação coletiva, o que fere as regras dos Projetos de Desenvolvimento
Sustentável (PDS), uma das modalidades de assentamento de reforma agrária. As
concessões eram entregues, junto com cestas básicas, por Wlad, o irmão e o
filho, dentro dos assentamentos, em veículos do Incra. As visitas eram
anunciadas na Rádio Princesa, que Mário Costa mantém na região.
O
MP sustenta que depoimentos de testemunhas na investigação e gravações da
programação da emissora confirmam a propaganda eleitoral, uso de dinheiro
público dos programas da política de reforma agrária para promoção pessoal e
compra de votos. Por isso, as
investigações
também foram remetidas à Procuradoria Regional Eleitoral, em Belém.
Além
da rádio, Wlad também divulgava em sua página no Facebook vídeos em que
aparecia usando veículos e recursos do Incra, sempre ao lado do filho, a quem
apresenta como candidato nas próximas eleições, e denominava a ação “esquadrão
da terra”. O vídeo ‘Wlad e o Esquadrão da Terra: cruzando os céus do Pará com
Jesus Cristo no Comando’, diz o MPF, é
um verdadeiro comício, e requer a condenação dos irmãos, com perda de cargos
públicos e direitos políticos, devolução de valores e multa de até 100 vezes o
valor da remuneração atual.
Fonte/Foto: Franssinete Florenzano, em
uruatapera.blogspot.com.br
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