PREFEITURAS DO PARÁ SOFREM PREJUÍZOS COM AJUSTE NEGATIVO DO FUNDEB
Federação dos Municípios solicita providências ao Ministério da
Educação
Em
meio à crise financeira que ainda afeta os municípios do Pará mais uma notícia
chegou para abalar as contar públicas das Prefeituras do estado. Os 15%
restantes da integralização do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) que não
foram depositados no ano passado foi liberado apresentando ajustes negativos,
notícia que comprometeu diretamente no orçamento das Prefeituras. Os valores
foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) do último dia 27 de abril,
por meio da Portaria 385/2018.
O
ajuste consiste na diferença entre os valores da receita estimada do Fundo e da
receita efetivamente arrecadada no ano anterior. Em 2017, por exemplo, a
receita realizada foi de R$ 146,3 bilhões, valor 3,5% maior do que havia sido
estimado. Em consequência, o valor mínimo nacional por aluno/ano dos anos iniciais
do ensino fundamental urbano, anteriormente estimado em R$ 2.926,56, chegou a
R$ 3.045,99, equivalente a 4,08% a mais.
Lembrando
que a complementação da União ao Fundeb inclui os 10% do total do que deveria
ser destinado à integralização do piso salarial dos professores da educação
básica que, entretanto, têm sido redistribuídos igualmente pela matrícula.
Dos
nove estados beneficiados com a complementação da União ao Fundeb, apenas seis
tiveram ajuste positivo. São eles: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco e
Piauí. Os outros três Estados como Amazonas, Maranhão e Pará, tiveram ajustes
negativos em suas contas.
Providências
Os
municípios paraenses tiveram um prejuízo total de R$ -169.620.848,26. Do
montante R$ -488.597.430,85 são de ajuste da complementação da União ao Fundeb
e R$ 318.976.582,59 correspondem à complementação para auxílio do pagamento ao
piso do magistério.
Segundo
informações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) o fator de
influência foi a arrecadação própria ter sido maior do que a estimada. Dessa
forma, não houve necessidade de complementação, mas para a Federação das
Associações de Municípios do Estado do Pará (Famep), esse não foi o único fator
de influência e a entidade entende ser injusto que o débito aconteça de uma
única vez.
Segundo o presidente da Federação da Famep e prefeito
de Santarém, Nélio Aguiar, os prefeitos não foram notificados de que o valor
seria cobrado de uma vez o que prejudicou ainda mais as finanças dos
municípios. “O aviso foi publicado no DOU e três dias depois já retiraram o
dinheiro das nossas contas”, informou.
O
presidente está em Brasília, onde já protocolou um ofício para ser entregue ao
ministro da Educação, Rossieli Soares, solicitando que a medida possa ser
revista. “Além da notificação nós queremos que o Ministério faça ainda um
parcelamento desse recurso, porque eles dizem que nós recebemos a mais, mas nós
nem sabemos como é feita essa conta, por isso exigimos mais transparência. Para
isso pedimos o apoio da nossa bancada federal para ser parceira das Prefeituras
nesse momento. Precisamos da sensibilidade do governo federal com os
municípios. Não dá para ser dessa forma”, complementou.
Os
prefeitos relatam prejuízos em suas contas. “É uma situação de desespero, não
sabemos mais o que fazer, porque somos nós que ficamos na ponta recebendo os
questionamentos da população”, disse Edilson Carvalho, prefeito de São Geraldo
do Araguaia.
Fonte: z fioravante, ASCOM PM Faro-PA, com informações de Imprensa
Famep
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