VIOLÊNCIA SEM FIM: APÓS 20 POLICIAIS MORTOS EM 4 MESES, PM DIZ QUE 'NÃO MEDIRÁ ESFORÇOS'
A
Polícia Militar fez um pronunciamento na noite desta terça-feira (24) a
respeito das mortes do sargento Reginaldo Messias da Silva e do ex-guarda
municipal Alexandre Oliveira Nascimento, cujos corpos foram encontrados na
madrugada de hoje na Rua da Cerâmica, em Marituba.
"A
Polícia Militar, juntamente com a Polícia Civil, já iniciaram o trabalho de
investigação e não medirão esforços para identificar e prender os autores
dessas mortes", diz em nota. A Divisão de Homicídios cuida do caso.
Informações preliminares apontam que os agentes foram mortos por disparos de
arma de fogo.
O
inquérito sobre as mortes terá prazo legal de até 30 dias para ser concluído.
CRIME
Os
corpos do sargento Silva e do ex-guarda municipal Nascimento foram localizados
na madrugada de hoje na rua da Cerâmica em Marituba. Os familiares das vítimas
relataram que os dois costumavam trabalhar juntos como segurança particular e
sempre ligavam para suas respectivas esposas quando chegavam ao local de
trabalho.
Na
noite de ontem, infelizmente, não foi o que aconteceu. Estranhando a falta da
ligação e depois de não conseguirem contato com eles - o telefone das vítimas
parecia desligado -, elas decidiram procurar o Instituto Médico Legal (IML) na
manhã de hoje quando reconheceram os corpos das vítimas.
Em
nota, o Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves informa que qualquer
informação em relação aos resultados da necropsia só serão fornecidas nos
laudos necroscópicos, que são entregues somente para a autoridade responsável
pela investigação. Os laudos possuem um prazo de 20 dias úteis para a
conclusão, podendo ser prorrogado por mais 20 dias.
VINTE
PMs MORTOS
Com
a morte do sargento Reginaldo Silva, chega oficialmente a 20 o número de
policiais militares mortos desde o início desse ano. No último sábado (21), por
pouco esse triste número aumenta depois que dois PMs foram baleados enquanto
jogavam bola no conjunto Jardim Sideral, bairro do Parque Verde, em Belém. Os
policiais alvejados foram socorridos e encaminhados para o Hospital Metropolitano
de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua. O número já soma mais da metade
do que foi contabilizado no ano passado, com 34 homicídios.]
OUTROS
O
investigador da Polícia Civil Carlos Alberto Meguins Matos, de 59 anos,
conhecido como Carrapeta, foi baleado durante um assalto na tarde da última
quarta (18). O crime aconteceu na travessa Humaitá, próximo à avenida Antônio
Everdosa, no bairro da Pedreira, em Belém. O policial civil levou um tiro no
rosto e foi levado para o Pronto Socorro da 14 de Março, mas não resistiu aos
ferimentos e morreu. No dia seguinte, Carlos Bruno Reis Raiol foi identificado
como responsável pela morte do investigador. Durante uma troca de tiros com a
polícia na Arthur Bernardes, Raiol foi socorrido, mas morreu momentos depois.
Já
na noite de 17 de abril, um ex-policial militar foi morto sem a menor chance de
defesa em Benevides. O crime aconteceu em frente a uma escola, enquanto ele
aguardava a saída da esposa do trabalho.
Fonte/Foto: DOL/Wagner Almeida
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