O AGRO É POP, MAS TAMBÉM MATA...


O ano de 2017 foi o mais violento no campo desde 2003. De acordo com o levantamento anual da Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgado nesta segunda (16), 70 assassinatos em conflitos foram registrados. Antes que algum semovente grite que isso não é nada comparado à outra tragédia (os 6.731 óbitos de forma violenta no Estado do Rio de Janeiro, em 2017), vale considerar que Altamira (PA), base para a construção da hidrelétrica de Belo Monte e de um sem-número de violações aos direitos de trabalhadores e povos do campo, apresentava 107 mortes para cada 100 mil habitantes segundo o Atlas da Violência 2017, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A taxa no Rio, no ano passado, foi de 40 mortos para cada 100 mil habitantes. Se o Estado do Rio operasse com a mesma taxa de violência, teriam sido mais de 18 mil mortos em 2017. Isso não é uma competição para ver qual desgraça é maior, apenas um lembrete que o campo não deve ser esquecido ao prantearmos os mortos da estupidez de brasileiros e do Estado que os servem.
Preparem-se. A Era dos Massacres no campo está de volta. E, se não fizemos nada, ela veio para ficar....


Fonte/Foto: Leonardo Sakamoto/Repórter Brasil

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