ZONAS NORTE E LESTE DE MANAUS-AM SÃO AS MAIS AFETADAS DURANTE PARALISAÇÃO DE PRAÇAS DA PM




- Atualizado em 15/03/2018 às 09:08
Reportagem de A CRÍTICA percorreu 11 Cicoms, e ao menos 40 policiais faltaram ao serviço. Associação afirma que número é maior e paralisação atinge 44 municípios do interior
As Zonas Norte e Leste foram as mais afetadas pela paralisação dos praças da Polícia Militar nesta quarta-feira (14) em Manaus. Houve registro de faltas nas 26ª, 6ª e 30ª Companhias Interativas Comunitárias (Cicom) nas duas áreas. Em entrevista à TV A Crítica hoje, o secretário de segurança, Bosco Saraiva, disse que a PM seguiria trabalhando após o anúncio de greve. A SSP informou que as faltas estão "dentro da normalidade".
A reportagem de A CRÍTICA percorreu 11 Companhias Interativas Comunitárias (Cicom) e Força Tática para apurar a movimentação nos locais. Pelo menos 40 policiais faltaram o serviço aderindo à paralisação.
As Zonas Norte e Leste foram as que mais aderiram à paralisação. Na 26ª Cicom, pelo menos 80% do efetivo não havia comparecido ao trabalho, conforme o comandante Alberto Neto. “Foram dez viaturas que ficaram paradas na frente da delegacia. Muitos faltaram, mas o número exato foi repassado ao comandante geral”, explicou Neto.      
Além disso, segundo o comando da 6ª Cicom, oito policiais militares faltaram o serviço do segundo turno, o que representa 50% por cento do contingente, segundo a PM.
Na Zona leste, a 30ª Cicom também registrou falta de oito policiais na noite desta quarta. A Cicom patrulha a área do bairro Jorge Teixeira e conjunto João Paulo, locais com os índices altos de crimes violentos. Já na 9ª Cicom, mais oito policiais faltaram, conforme Supervisor de Área (SA) do local.
Força tática
Pelo menos 50% do efetivo de policiais da Força Tática também paralisaram as atividades, conforme dados repassados pelo comando da área.  Ao todo cinco viaturas ficaram paradas no quartel e a equipe opera com contingente essencial.
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A equipe de reportagem também apurou que as Zonas Sul, Centro-Sul e Oeste não registraram faltas na 2ª, 7ª, 5ª, 21ª, 22ª, 16ª e 23ª Cicom.
Associação afirma que número é maior
O presidente da Associação dos Praças do Estado do Amazonas (Apeam), Gerson Feitosa, afirmou que 90% dos policiais militares que deveriam estar trabalhando em Manaus na noite desta quarta-feira (14) paralisaram as atividades. Segundo ele, policiais de mais da metade dos municípios do interior do Amazonas também aderiram ao movimento.
“No interior, 100% está parado. Só que, no interior, é outro tipo de movimento. Em vez de eles terem faltado, eles foram para o quartel e estão aquartelados, não saem para nada. No interior, a gente tem paralisação confirmada em pelo menos quarenta e quatro municípios”, afirmou o presidente.
“Na capital, todo mundo faltou ao serviço. Quem está montando viatura para cobrir policiamento de forma precária são os oficiais e o pessoal da administração”, completou, frisando que a paralisação tem previsão para ser finalizada às 19h da próxima sexta-feira (16).
Dentro da normalidade’
A SSP disse que as faltas registradas nas Cicoms de Manaus estão dentro da normalidade. O órgão declarou que há um "plano de contingência" para garantir a tranquilidade da população.
Segundo a SSP, policiais das 30 Cicoms, além das tropas especializadas do Comando de Policiamento Especializado (CPE) estão de serviço na noite de hoje. "Nós temos uma estratégia de segurança já montada pelo Comando-Geral. Temos o plano B e o plano C para mantermos a ordem e a tranquilidade da população”, disse o secretário Bosco Saraiva.

Fonte/Foto: Danilo Alves e Vitor Gavirati – A Crítica, Manaus (AM)

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