QUILOMBOLAS DE ORIXIMINÁ NO RJ
Peças
de artesanato produzidas por descendentes de negros escravizados que fugiam e
construíam quilombos em Oriximiná, município no oeste do Pará, estão na mostra
“Do Barro e da Castanha: as Artes de Quilombolas de Oriximiná”, que abre às 17h
do próximo dia 25, na Sala do Artista Popular, no Centro Nacional de Folclore e
Cultura Popular, ligado ao Iphan, no Rio de Janeiro. Entre florestas, rios e
igarapés, as mãos que dão vida ao barro e à castanha guardam memórias de
encantamentos e resistência. A produção de panelas, potes, pratos e outros
utensílios, que já vinham sendo substituídos por objetos industrializados, foi
literalmente resgatada pelo projeto Educação Patrimonial e Ambiental
desenvolvido pelo Museu Paraense Emílio Goeldi e Mineração Rio do Norte junto a
essas comunidades, desde os anos 2000.
O
extrativismo da castanha é ligado à história dos quilombolas. Mas foi a
parceria entre várias instituições na década de 90, entre elas a Comissão
Pró-Índio de São Paulo e a Associação dos Remanescentes de Quilombos de
Oriximiná (ARQMO), que possibilitou a participação de quilombolas em oficinas
para transformar os ouriços das castanhas em peças artesanais. O ouriço é o
fruto da castanheira, que contém várias amêndoas em seu interior.
Tudo
estará à venda e a exposição vai até 18 de fevereiro, de terça a sexta das 11h
às 18h e aos sábados, domingos e feriados das 15h às 18 h, na rua do Catete,
179 (metrô Catete), Rio de Janeiro-RJ.
Fonte/Foto: Franssinete Florenzano, em
uruatapera.blogspot.com.br
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