PERIGO À SAÚDE: CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO EM SANTARÉM-PA
Garimpo na região do rio Tapajós |
Estudo
da bióloga Heloísa de Moura Meneses, em sua tese de doutorado na Universidade
Federal do Oeste do Pará (Ufopa), relata a gravidade da exposição ao mercúrio.
Durante décadas o garimpo era o principal foco, mas agora os desmatamentos,
queimadas e a construção de hidrelétricas multiplicam o perigo. Altos níveis de
mercúrio no organismo humano podem causar diferentes tipos de danos à saúde. O
sistema nervoso central é um dos mais afetados, mas fígado, rins, os sistemas
cardiovascular, gastrointestinal e imunológico também são prejudicados. Um dos
efeitos mais graves é sobre mulheres grávidas e seus bebês.
A
bióloga examinou os níveis de concentração de mercúrio no sangue de pessoas que
vivem na região de Santarém através da ingestão de peixes contaminados com a
substância.
Os
solos amazônicos são naturalmente ricos em mercúrio. Durante incêndios
florestais, por exemplo, o metal é liberado na atmosfera. Com a ação do vento
ou através da erosão, favorecida pelo desmatamento, a substância contamina
águas e vegetações dos rios e se transforma em metilmercúrio, uma das formas
mais nocivas. Através da cadeia alimentar, atinge os peixes e,
consequentemente, os seres humanos.
Fonte/Foto: Franssinete Florenzano, em
uruatapera.blogspot.com.br
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