FUNDO AMAZÔNIA VAI INVESTIR R$ 150 MILHÕES EM NOVOS PROJETOS DE CONSERVAÇÃO
Serão selecionados até dez projetos na Amazônia Legal, que
receberão de R$ 10 milhões a R$ 30 milhões.
O
Fundo Amazônia abriu ontem (9) chamada pública para projetos de conservação e
uso sustentável da floresta com foco em atividades produtivas sustentáveis.
Serão selecionados até dez projetos na Amazônia Legal, que receberão de R$ 10
milhões a R$ 30 milhões. O total financiado será de R$ 150 milhões.
“Queremos
aumentar a base de projetos e entidades que possam receber do Fundo Amazônia e
fazer uma aplicação de recursos mais ágil e efetiva”, disse a diretora de
Gestão Pública e Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), Marilene Ramos.
O
fundo é gerido pelo banco, em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente, e
mantido com recursos de doações, destinadas a projetos de prevenção,
monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso
sustentável da floresta. Em seus 8 anos de atuação, o Fundo Amazônia já
investiu cerca de R$ 1,4 bilhão em 89 projetos de diferentes segmentos e
regiões da Amazônia Legal.
Os
projetos da nova chamada pública deverão trabalhar para o fortalecimento da
atividade econômica de comunidades que possam atuar como guardiões da floresta,
como povos e comunidades tradicionais, populações ribeirinhas, famílias
assentadas pela reforma agrária, projetos de agricultura familiar, povos
indígenas e quilombolas que vivem na Amazônia Legal.
Para
o BNDES, essas comunidades têm um papel fundamental na defesa da Amazônia, pois
trabalham de forma natural com os recursos da sociobiodiversidade florestal,
gerando renda e desenvolvimento econômico e social. Ou seja, elas valorizam a
floresta em pé, pois tiram de lá o seu sustento.
Os
projetos poderão ser apresentados por associações, cooperativas, fundações de
direito privado e empresas privadas, na modalidade aglutinadora. Ou seja, a
entidade proponente deverá aglutinar pelo menos três subprojetos de outras
organizações, de forma integrada e coordenada. Eles terão que abranger pelo
menos uma das seguintes atividades econômicas: manejo florestal madeireiro e
não madeireiro, incluindo manejo de fauna silvestre; aquicultura e arranjos de
pesca; sistemas alternativos de produção de base agroecológica e agroflorestal;
e turismo de base comunitária.
O
período de inscrição termina em 7 de dezembro de 2017 e a divulgação final dos
aprovados está prevista para 13 de abril de 2018. As informações estão no site
do Fundo Amazônia.
Outras
duas chamadas serão feitas pelo fundo este ano. A primeira voltada para os
municípios e a segunda para ações de restauração de áreas degradadas, o que vai
contribuir para o compromisso brasileiro no Acordo de Paris de restaurar 12
milhões de hectares de florestas degradadas até 2030. Há a previsão ainda de
outra chamada para apoiar projetos de assentamentos rurais.
Fonte/Foto: AGÊNCIA BRASIL
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