APÓS RETIRADA DE BALSA PRESA NO CASCO, NAVIO DA MERCOSUL SEGUE VIAGEM PARA MANAUS
Procedimento faz parte do plano de resgate dos nove desaparecidos
do acidente entre rebocador e navio cargueiro. Acidente aconteceu próximo a
Óbidos. Antes de ser liberado, navio passou por inspeção.
O
navio Mercosul Santos, que se envolveu no acidente com o rebocador Bertolini
CXX próximo ao município de Óbidos, no oeste do Pará, no dia 2 de agosto,
seguiu viagem para Manaus (AM) no domingo (13). A saída da embarcação se deu
após a retirada da balsa que estava presa ao casco do navio. Esse procedimento
faz parte da segunda etapa do plano de resgate dos nove tripulantes
desaparecidos no acidente.
De
acordo com o comandante da Capitania Fluvial de Santarém, capitão Ricardo
Barbosa, o plano de salvatagem específico para a balsa foi feito por uma
empresa contratada pela Transportes Bertolini LTDA. Para que a barcaça fosse
retirada com segurança no sábado (12), foram utilizados dois empurradores e um
rebocador.
Foi
injetado ar em alguns dos tanques da embarcação para garantir que a mesma
ficasse mais próxima da superfície. Cabos de reboque ligados aos empurradores
foram amarrados à balsa e o rebocador ficou preso a popa do Mercosul Santos. O
serviço consistiu em fazer forças opostas entre o navio e a balsa.
Ainda
segundo Ricardo Barbosa, o navio foi deslocado para o local com profundidade
aproximada de 15 metros, onde a barcaça foi retirada. Após o procedimento, o
Mercosul Santos passou inspeção estrutural no domingo e recebeu a liberação
para continuar a viagem até a capital amazonense.
A
balsa foi levada para a margem do Rio Amazonas, com correnteza de menor
intensidade para facilitar o deslocamento feito pela empresa proprietária. O
local onde ela está ficou marcado com uma boia metálica.
Por
telefone, a Transportes Bertolini LTDA. informou que a empresa contratada fez
especificamente este primeiro plano de salvatagem. Ela está verificando como
fazer deslocamento para um local mais seguro da balsa envolvida no acidente.
Já
a Mercosul Line informou que o navio passará por uma nova inspeção em Manaus e
retornará às operações após a verificação do casco. Todas as informações estão
sendo prestadas as autoridades locais quanto ao plano de resgate dos
desparecidos e a investigação sobre o acidente.
Buscas
Somente
no dia 7 a agosto o rebocador foi encontrado, com o auxílio de um scanner. Ele
está a 15 km longe de distância do local da batida, em uma profundidade de 60
metros. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros do Pará, coronel Francisco
Cantuária, é necessário levar em consideração que o local onde o rebocador está
tem visibilidade zero e forte correnteza. Esses fatores colocam em risco os
mergulhadores que participam do plano de salvatagem e impossibilitam a
estimativa de tempo para que a retirada da embarcação aconteça.
Fonte/Foto: G1 Santarém/Marcos Cantuário
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